Decisão

Em clássico marcado por confusão, Atlético se classifica diante do Paraná Clube na base da retranca

Atlético e Paraná Clube foram a campo com posturas diferentes. Foto: Hugo Harada

Acabou o sonho do Paraná Clube no Campeonato Paranaense. Apesar de ter a melhor campanha geral do Estadual, de nada adiantou os 16 pontos a mais que o rival na primeira fase. Neste domingo (9), o Tricolor parou na retranca do Atlético e o empate em 0x0 no clássico da Vila Capanema levou o Furacão às semifinais do torneio, contra o vencedor de Londrina e Rio Branco.

Depois da derrota por 1×0 na Arena da Baixada, o Paraná Clube entrou em campo disposto a mostrar que em casa a situação seria diferente. Desde o início, o time paranista tomou a iniciativa do jogo. Por outro lado, o Atlético entrou em campo disposto a se defender e fazer valer a vantagem do empate. E o que se viu nos 45 minutos iniciais foi praticamente só o Paraná atacando. Diante de mais de 15 mil pessoas no estádio, a pressão paranista era forte.

Com a retranca imposta pelo rival, o Triclor adiantou os volantes Leandro Vilela e Alex Santana e passou a jogar todo no campo adversário. O Tricolor criava perigo constante sempre pelo lado esquerdo e sempre em cima do zagueiro José Ivaldo, que atuou improvisado na lateral-direita. Aos 33, Renatinho chamou José Ivaldo para dançar, bateu cruzado e Felipe Alves por pouco não marcou.

O Atlético, por sua vez, sem nenhum poder de criação, abusou das ligações diretas e criou suas únicas chances somente em chutes de fora da área de Eduardo da Silva e Deivid. O clássico ainda teve um lance polêmico. Na tentativa de Guilherme Biteco, a bola bateu no braço de José Ivaldo, mas o árbitro Rodolpho Toski Marques nada marcou.

Na etapa final, o Furacão abandonou a postura defensiva e passou a jogar um pouco mais. O Paraná, por sua vez, não voltou com o mesmo ímpeto para sufocar o adversário. O Rubro-Negro, então, quase marcou com Felipe Gedoz, em cobrança de falta, que passou perto do gol de Léo. A saída do meia Guilherme Biteco fez o time paranista perder um pouco da sua força ofensiva.

Mais nervoso com o passar do tempo, o Paraná não tinha a paciência necessária para furar o bloqueio defensivo do Atlético. A partida, então, ficou a caráter para o Furacão, que passou a ter os contra-ataques a sua disposição. João Pedro e Felipe Gedoz fizeram o goleiro Léo trabalhar.

O Tricolor, então, mesmo sem a mesma postura ofensiva, foi para o tudo ou nada no final. Renatinho, pouco acionado na partida, fez a jogada, aos 33 minutos e Alex Santana, livre, acertou a trave. O time paranista, até de forma desordenada, tentou sufocar o Atlético, criou duas boas chances, mas não foi capaz de passar pela defesa adversária e evitar a eliminação do Estadual. Após o duelo, o goleiro Weverton provou a torcida paranista, desencadeou uma grande confusão e uma briga generalizada entre atletas dos dois times que mancharam o bom clássico na Vila Capanema.

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