Em centenário, Muricy lembra tempos de tiete de Pelé

Um dia antes de o Santos completar 100 anos de existência, Muricy Ramalho relembrou nesta sexta-feira dos seus tempos de tiete de Pelé, maior jogador da história do clube e também do futebol mundial. O técnico lembrou de passagens as quais se recorda com muito carinho e festejou o fato de já ter conseguido dividir glórias atuais do time com o consagrado ex-atleta.

“A primeira passagem mais marcante que tenho dele era de quando eu ainda era criança. Quando menino, eu já era sócio do São Paulo e frequentava a parte social do clube, mas quando o Santos jogava com o São Paulo no Morumbi eu ia em um morrão que ficava atrás do estádio para ficar vendo o Pelé dali”, disse o treinador, lembrando dos tempos em que o estádio são-paulino ainda não estava com suas arquibancadas totalmente prontas, durante seu período de construção.

Em seguida, o comandante lembrou que, devido ao grande prestígio de Pelé, o Santos usava um portão alternativo do estádio para deixar o local e passava por dentro da sede social do São Paulo, fato que permitia ao então garoto Muricy ver o ex-camisa 10 santista mais de perto.

“Cada time tinha um grande jogador. No Corinthians era o Rivellino, no Palmeiras era o Ademir da Guia e no Santos era o Pelé. Quando o Santos jogava no Morumbi, o time deixava o estádio por um portão de saída secreto para não ter contato com a torcida. E a gente ia até lá para ver o Pelé passar”, confessou.

Muricy também lembrou dos tempos em que enfrentou Pelé como jogador, ressaltando que é um orgulho para ele poder dirigir o time cuja história foi imortalizada pelo astro maior do futebol. “Fico feliz por ter recebido uma chance de trabalhar em um dos melhores times do mundo. O Santos tem uma marca muito forte no exterior”, ressaltou.

Já ao falar da convivência mais próxima que passou a ter com Pelé desde quando se tornou técnico do Santos, Muricy destacou a histórica comemoração do tricampeonato da Copa Libertadores da América do ano passado. O treinador lembra que foi levado pelo Rei do Futebol de mãos dadas até o centro do gramado do Pacaembu e disse ter ficado impressionado com o fôlego que o astro de 71 anos de idade ainda tem.

“O pior é que ele (Pelé) ganhou de mim na corrida, fiquei tão preocupado que fui fazer uns exames depois. Eu agradeço a Deus porque sou um cara abençoado, pois só acontecem coisas boas na minha vida”, comemorou.

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