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Em ato inédito, Conselho Deliberativo do Vasco elege Alexandre Campello

O Conselho Deliberativo do Vasco surpreendeu na madrugada deste sábado e elegeu Alexandre Campello da Silveira como o novo presidente do clube. Em decisão inédita, o Conselho decidiu pela primeira vez não escolher o candidato da chapa vencedora, que era Julio Brant, ex-aliado de Campello.

Na votação do Conselho Deliberativo, ele recebeu 154 votos, contra 88 de Julio Brant (88 votos) na noite desta sexta-feira, na sede náutica do Vasco, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Campello, assim, será o presidente vascaíno até 2021, tendo Elói Ferreira como 1º vice-presidente geral e Sonia Maria Andrade dos Santos como 2º vice-presidente.

“A mudança venceu. Agora é unir o Vasco e seguir no rumo das vitórias e conquistas. Agradeço a confiança da maioria do Conselho Deliberativo que elegeu uma diretoria administrativa completamente renovada, sem a presença de representantes da diretoria anterior”, declarou Campello, após a vitória.

A declaração se refere ao apoio indireto recebido de Eurico Miranda, seu antecessor na votação do Conselho Deliberativo. Campello negou que o ex-presidente vá participar da nova gestão. Mas seu apoio ajudou na eleição do novo gestor.

No Vasco, as eleições são indiretas. O vencedor do pleito ganha maior número de indicados na decisão do Conselho Deliberativo. Por isso, Julio Brant era o grande favorito. Mas Campello conseguiu reverter alguns votos do rival e, para tanto, teve o apoio da situação. No total, 254 conselheiros estiveram na sede náutica do Vasco, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, mas somente 242 votaram – 300 conselheiros estavam aptos a votar no geral.

“O estatuto do Vasco prevê que é o Conselho Deliberativo o responsável por eleger a diretoria administrativa e isso existe para evitar que um presidente seja eleito sem sustentação para tocar sua gestão. Portanto, a legalidade e a democracia vascaína foram integralmente respeitadas”, defendeu Campello.

O novo presidente vascaíno vai tomar posse na segunda-feira. Na noite desta sexta, ele iniciou o processo de união do clube, totalmente dividido nas últimas semanas, em razão da eleição e de disputas na Justiça. Nos últimos dias, o clube ficou literalmente sem presidente e precisou jogar com os portões fechados em São Januário, na estreia do time no Campeonato Carioca.

“A divisão fraticida que paralisa o clube em eternas brigas internas precisa amainar em nome dos interesses superiores do Vasco e de sua imensa torcida. A partir de segunda-feira, quando começa meu mandato, estarei diuturnamente trabalhando para colocar o Vasco no lugar de liderança no cenário esportivo nacional, de acordo com sua história e suas tradições”, declarou Campello, ainda na madrugada deste sábado.

“Para isso será necessário um árduo e paciente trabalho que depende do concurso e apoio de todos os vascaínos e vascaínas. Pretendo ser, e serei, o presidente da unidade, o presidente de todos os vascaínos, independentemente da preferência manifestada por este ou aquele nome na disputa que hoje se encerra. Afinal, nenhuma pessoa é mais importante do que o glorioso Club de Regatas Vasco da Gama”, afirmou.

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