As quatro duplas brasileiras que representarão o Brasil no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 foram apresentadas oficialmente na manhã desta terça-feira. Quatro dos oito atletas – são duas duplas femininas e duas masculinas – já têm experiência olímpica, enquanto outros quatro irão disputar os Jogos pela primeira vez.

continua após a publicidade

Em Tóquio, o Brasil buscará medalhas com Ágatha/Duda, Ana Patrícia/Rebecca, Alison/Álvaro e Evandro/Bruno Schmidt. A definição dos representantes veio através de uma “corrida olímpica”, estabelecida antes do início de temporada.

A classificação foi definida após acordo entre a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e os técnicos das cinco melhores duplas. Ficou acordado que seriam considerados os dez melhores resultados nos torneios quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial. O prazo para encerrar a corrida olímpica era fevereiro do próximo ano, mas as quatro duplas alcançaram a pontuação necessária já este mês.

À exceção da dupla Ana Patrícia/Rebecca, que vai para sua primeira Olimpíada, as demais têm pelo menos um atleta com experiência nos Jogos. Alison, por exemplo, é o atual campeão e foi prata em Londres. “Meu time tem seis meses. Saímos de 46º no ranking e terminamos o ano em terceiro no mundo”, vibrou o medalhista olímpico, que agora faz dupla com Álvaro Filho, que irá estrear nos Jogos. “Temos uma história muito bonita, de superação. Éramos o sexto time do Brasil e acabamos em terceiro no mundo.”

continua após a publicidade

Parceiro de Alison no Rio-2016, Bruno Schmidt vai para mais uma Olimpíada ao lado de outro atleta com experiência na competição, Evandro. “Fico feliz pelas conquistas e por essa vaga, mas temos muita coisa por melhorar como time, como dupla e individual”, disse Evandro. Ele aproveitou para brincar com o fato de ir a Tóquio ao lado de um dos atuais campeões. “É uma pressão pra mim, já que o cara já foi medalha de ouro.”

Dentre as mulheres, Ágatha é a única que já disputou os Jogos. Apesar disso, ela ressaltou que a preparação ao lado de Duda sempre foi visando Tóquio-2020. “Nosso time, quando foi formado, já foi formado falando em Jogos Olímpicos, em 4 de janeiro de 2017”, lembrou. Ela destacou ainda o que chamou de “aprendizado” por estar ao lado de uma atleta 15 anos mais nova.

continua após a publicidade

“Nós não tínhamos noção de quais seriam os desafios. No nível pessoal, nossas personalidades são diferentes. A Duda é mais calma, quietinha, eu sou mais falante, extrovertida. Eu passo ao lado da Duda muito mais tempo do que qualquer outra pessoa. A gente teve que conquistar esse equilíbrio”, comentou.

Dupla 100% estreante em Olimpíada, Ana Patrícia/Rebecca surpreendeu ao conquistar a vaga em Tóquio. “Quando a gente olha pra trás e vê todo o caminho que precisamos fazer pra chegar até aqui, isso nos deixa muito orgulhosas”, afirmou Ana Patrícia. “Entrar no ranking mundial já era muito difícil. E ninguém colocou a gente lá, a gente fez o que era preciso.”

Rebecca falou que, agora, terá que controlar a ansiedade. “Primeira Olimpíada, expectativa é muito grande. A felicidade está lá em cima, e a ansiedade também. Agora a gente vai dar uma acalmada, curtir as férias e a família”, declarou.