Duas semanas depois da queda da Argentina na Copa do Mundo da Rússia, a Associação de Futebol Argentino (AFA, na sigla em espanhol) anunciou neste domingo a demissão do técnico Jorge Sampaoli. Segundo a entidade, o fim do vínculo se deu por “acordo mútuo” entre as duas partes.

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A AFA não revelou detalhes sobre o acerto sobre a rescisão de contrato. Em crise com os jogadores da seleção argentina ainda durante a Copa, Sampaoli teria permanecido no comando da equipe, segundo a imprensa argentina, por causa do alto valor de sua multa rescisória, de US$ 20 milhões (cerca de R$ 77 milhões).

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Por um acordo informal com a AFA e os jogadores, o treinador teria até abdicado de suas funções na equipe para dar o comando da seleção a Lionel Messi. Durante jogo da Copa, Sampaoli foi flagrado perguntando ao atacante do Barcelona se poderia fazer trocas no setor ofensivo do time.

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Diante da eliminação da Argentina, após derrota para a campeã França nas oitavas de final, Sampaoli foi mantido no cargo, embora três integrantes de sua comissão técnica tenham deixado a seleção. Sem conseguir resolver a situação do técnico, a AFA rebaixara Sampaoli a técnico da equipe sub-20 no torneio de L’Alcudia, em Valência, na Espanha, que será disputado em agosto.

A entidade avisara que, depois da competição, avaliaria novamente a situação do treinador. A decisão, contudo, foi revista nesta semana. A AFA acertou negociação com Sampaoli e decidiu pela rescisão, sem revelar quanto desembolsou para finalizar o contrato.

“Esta Associação agradece aos profissionais pela atividade desenvolvida na seleção durante o seu ciclo”, afirmou a AFA, em nota, ao agradecer a todos os integrantes da comissão técnica que deixaram seus cargos nos últimos dias, incluindo Sampaoli. A Argentina terminou a Copa na 16ª colocação geral.

Sampaoli assumiu o comando da equipe em maio do ano passado para substituir Edgardo Bauza. O novo treinador fora contratado quase em esquema de emergência para salvar o time nas Eliminatórias da Copa. A vaga no Mundial só veio na rodada final da competição, graças à grande atuação individual de Messi.

Na Copa, a trajetória de Sampaoli seguiu irregular. Foi apenas uma vitória, sobre a Nigéria, em solo russo. Foram ainda duas derrotas e um empate, numa fraca campanha que resultou em críticas da imprensa, pressão da torcida e reclamação até por parte dos jogadores.