Esta não é a primeira vez que o Coritiba fecha as portas do Couto Pereira para o Atlético. Embora o estádio já tenha sido a “casa” do Furacão durante vários anos – inclusive o recorde do público do local pertence ao Rubro-negro, com 65.943 pagantes no jogo em que venceu o Flamengo por 2 x 0, no Campeonato Brasileiro de 1983 -, na história recente o Coxa vem preferindo que o rival não atue em seu estádio.
Em 2005, quando o Atlético chegou à final da Libertadores, precisou mandar a sua partida contra o São Paulo no Beira-Rio, em Porto Alegre. Para a decisão da competição, se exigia um estádio com uma capacidade superior a 40 mil lugares, enquanto a Arena da Baixada só comportava, na época, pouco mais de 22 mil pessoas. A solução seria mandar o confronto no Couto Pereira, mas o Coxa, na ocasião comandado pelo presidente Giovani Gionédis, não liberou. A alegação foi que a capacidade do estádio era de pouco mais de 35 mil lugares, e que ele não cumpria o regulamento.
Na casa do Internacional, o Rubro-Negro empatou por 1 x 1 com o São Paulo e na volta, no Morumbi, levou uma goleada de 4 x 0, ficando com o vice-campeonato da Libertadores. Porém, no mesmo ano, o Atlético chegou a jogar no Couto, pelo Campeonato Brasileiro. Só que com portões fechados. Naquela temporada, quando um time perdia o mando de campo, não precisava jogar a 100 quilômetros de distância da sua cidade, mas em outro estádio próximo – desde a torcida não tivesse acesso.
Com a perda de dois mandos, o Furacão empatou por 0 x 0 com Figueirense e Fortaleza. Foram as últimas vezes que a equipe jogou no Couto Pereira como mandante. Antes disso, a última vez que o Atlético jogou no Alto da Glória com torcida foi contra o São Paulo, pela Seletiva da Libertadores, em 1999, quando venceu por 4 x 2.