Duas derrotas. Este é o saldo da Copa das Confederações para Japão e México. Mas o quadro após a eliminação precoce foi distinto para as duas seleções que se enfrentam neste sábado às 16 horas, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Os japoneses já vislumbram disputar uma boa Copa do Mundo e pensam no futuro. Os mexicanos, em crise, correm risco de ficar de fora do Mundial e, por isso, querem consertar o presente.
O moral do Japão para a despedida da Copa das Confederações está alto. O time fez um grande jogo contra a Itália, apesar da derrota por 4 a 3. “Fomos melhores durante 70 minutos, mas a Itália nos venceu porque tem experiência e aproveitaram a oportunidade que tiveram”, disse o técnico Alberto Zaccheroni, italiano que tenta dar um novo estilo ao futebol japonês, de mais toque de bola.
Imprimir uma nova cara à seleção japonesa foi possível graças a “internacionalização” dos principais jogadores. Honda joga no CSKA Moscou (Rússia); Kagawa, no Manchester United (Inglaterra); e Nagatomo, na Internazionale (Itália). Com isso, a seleção ganhou qualidade em relação à última década.
Zaccheroni foi enfático ao dizer que não irá mudar a maneira de sua seleção jogar após as derrotas para Brasil e Itália. Ele aposta no sistema 4-5-1. Sua força está no meio de campo com Kagawa, o organizador. “Não penso em nenhum outro sistema, pois tivemos resultados com ele. Quero velocidade, mas com foco. Contra a Itália tivemos velocidade, não erramos passes e controlamos bem a bola”, afirmou.
Seu temor é a condição física dos jogadores para a partida devido à intensidade que o time mostrou contra a Itália. Zaccheroni cogitou substituir algum atleta que não esteja 100%. E não confirmou o substituto do volante e capitão Hasebe, que está suspenso.
Outra preocupação de Zaccheroni: a movimentação dos atacantes do México, em especial de Javier “Chicharito” Hernández, parceiro de Kagawa no Manchester United, além das variações táticas da equipe mexicana. “Ele (Chicharito) é um grande atacante e todo o sistema defensivo precisa estar atento”, disse Kagawa.
PRESSÃO – O México chegou pressionado pela campanha ruim nas Eliminatórias na Concacaf. As derrotas para Itália e Brasil catalisaram as críticas ao técnico Manuel de La Torre. O esquema 4-2-3-1 não deslanchou apesar de ter um atacante veloz como Chicarito como referência e bons valores no meio de campo, como Giovanni dos Santos. Mier é um outro destaque no apoio pela esquerda.
Uma derrota para o Japão mesmo no jogo dos “eliminados” não deve custar a cabeça de De La Torre, segundo a imprensa mexicana. Mas a próxima competição – a Copa Ouro, em julho – será fundamental para a permanência dele. Também contra o México está o Mineirão. O Japão tem a preferência da torcida – mais de 40 mil ingressos já foram vendidos. De amistoso este jogo não tem nada.