Elias marca aos 49 e Fla busca empate com Botafogo

Elias tentou uma, tentou duas, tentou três vezes. Aos 49 minutos do segundo tempo, o volante do Flamengo fez um gol que valeu por três. O Botafogo vencia o rival por 1 a 0, na base de sua melhor afinação e de muita retranca no segundo tempo. Mas o gol rubro-negro, obtido depois que duas marcações de impedimento negaram a Elias o empate anteriormente, levou a uma adequada igualdade por 1 a 1, no retorno dos times ao Maracanã depois de três anos.

O resultado, válido pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, premiou a raça flamenguista. A equipe de Mano Menezes foi mais presente ofensivamente o jogo inteiro, principalmente no segundo tempo, e favoreceu-se de um rival que estava extenuado pela partida contra o Figueirense, quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Para o Botafogo e sua torcida, que estava em menor número nas arquibancadas, fica o sabor amargo de deixar escapar a liderança do Brasileiro na última volta do relógio. Com 17 pontos, os botafoguenses vão dormir com a sensação de que a ponta da tabela deveria ter sido sua, e terão de se contentar com a terceira colocação.

Por outro lado, o Flamengo, que chegou aos 10 pontos, sentiu-se premiado pela insistência e por ter se dedicado a buscar o gol o tempo todo, mesmo com suas evidentes limitações técnicas, evidenciadas pela ausência de um articulador no meio de campo. A vitória não melhora o posicionamento rubro-negro na tabela (a 15ª posição), mas foi muito comemorada pela torcida, que reconheceu o esforço de seus representantes em campo.

Num primeiro tempo franco, o Botafogo saiu em vantagem justamente porque é um time mais bem treinado, entrosado, com jogadores e técnicos há mais tempo juntos. A partida era equilibrada, com os atletas alvinegros numa postura ligeiramente mais defensiva, na tentativa de explorar os contra-ataques.

Numa sucessão de erros rubro-negros, falta convertida em gol para o Botafogo. Seedorf cruzou rasante, em cobrança ensaiada, e Rafael Marques, na marca do pênalti, emendou o sem-pulo para marcar, aos 22 minutos.

As melhores chances rubro-negras sequer se transformaram em finalização. Os flamenguistas, inseguros, sempre tentavam um passe a mais, um drible a mais, quando a oportunidade do chute se apresentava. Caso de Carlos Eduardo, que entrou frente a Jefferson e inexplicavelmente tentou um passe.

O técnico Mano Menezes observou bem as falhas de sua equipe e voltou com Luiz Antônio, na vaga de Diego Silva, e Adryan em lugar de Gabriel. O Flamengo cresceu enormemente e acuou os rivais em seu campo, em boa parte pelo cansaço do oponente. Seedorf era a melhor representação disso. Parou de voltar e ficou à espera de uma bola estourada da defesa para tentar decidir o jogo. Teve uma chance, não conseguiu.

Enquanto isso, Elias vivia sua angústia. Ele balançou a rede duas vezes, ambos os lances invalidados por impedimento. Adryan ainda chutou duas bolas na trave botafoguenses e Jeffeson fez outras três intervenções.

Quando a torcida botafoguense já comemorava a retomada da liderança, um lançamento desesperado para Hernane encontrou Elias, pois o gol tinha de ser dele. Com categoria, deslocou Jefferson e deu números mais adequados ao placar final.

FLAMENGO 1 X 1 BOTAFOGO

FLAMENGO – Felipe; Leonardo Moura, Wallace, González e João Paulo; Diego Silva (Luiz Antônio), Elias e Carlos Eduardo (Hernane); Gabriel (Adryan), Paulinho e Marcelo Moreno. Técnico – Mano Menezes.

BOTAFOGO – Jefferson; Gilberto, Dória, Bolívar e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel (Antônio Carlos), Lodeiro (Lima) e Seedorf; Vitinho (Renato) e Rafael Marques. Técnico – Oswaldo de Oliveira.

GOLS – Rafael Marques, aos 22 minutos do primeiro tempo, e Elias, aos 49 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Péricles Bassols (RJ).

CARTÕES AMARELOS – Hernane, Gabriel e Gilberto.

RENDA – R$ 3.082.555,00.

PÚLICO – 38.853 pagantes (52.361 presentes).

LOCAL – Estádio do Maracanã, no Rio.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo