A derrota em São Januário revelou um Atlético pressionado e sem tranquilidade. O retrato desse desequilíbrio foi a atitude infantil tomada pelo zagueiro Eli Sabiá, que resultou em sua expulsão e deixou o Atlético com dois jogadores a menos em campo em relação ao Vasco. O zagueiro já havia tomado amarelo na penalidade cometida anteriormente e, numa jogada lateral, atirou a bola com as mãos contra o chão, revelando atitude antidesportiva. Isso lhe custou a exclusão e também poderá render advertência e multa pela diretoria.
As expulsões e o descontrole do time atleticano após sofrer o 1º gol foram comentados pelo treinador Paulo César Carpegiani. “Descontrole não pode acontecer em time profissional. Eu sou responsável, mas a expulsão tola (Eli Sabiá) é que acabou prejudicando o rendimento. A expulsão do Chico… São coisas que não se consegue explicar. Nem na copa do Mundo foi tão rígido assim. Temos falado (para os jogadores) que não pode perder a cabeça. Tem que ter controle emocional. Não podemos ter garotinho de cabeça quente em partidas de grande importância como são as do Brasileiro e cometer erros infantis. A direção está a vontade para tomar decisão (punição)”, analisou o treinador.
Carpegiani elogiou os primeiros 20 minutos dos seus comandados nos quais o Atlético comandou o jogo. “Foram os melhores primeiros 20 minutos do time sob o meu comando”, disse. Após as expulsões o técnico fez modificações para buscar o empate mas já sabia que seria difícil. “Infelizmente cometemos erros que fizeram a partida sair do nosso controle e o Vasco se aproveitou. Fez o escore. Com 9 homens há um esgotamento e não daria para reverter resultado”.
A bronca de Carpegiani serviu também como um desabafo contra a arbitragem porque no jogo passado, na Arena, o Atlético foi prejudicado com a anulação de um gol legítimo. “Expulsão que não existe. Pênalti que não existe. Gol a favor meu, não dão. Pênalti dão”, finalizou.
