As declarações de Giancarlo após o último clássico, quando chamou o Atlético de ‘time do fim da rua’, criaram uma polêmica maior do que a esperada pelo jogador para o duelo entre os rivais, pelas quartas de final do Campeonato Paranaense. Tanto que o Paraná pisou nos freios esta semana e vem evitando qualquer declaração que possa polemizar ainda mais o confronto do próximo final de semana.
Uma tentativa de minimizar a repercussão das provocações do último domingo. Internamente, alguns jogadores até não concordaram muito com a postura do companheiro.
Para o lateral-direito Roniery, é importante os atletas darem sempre o exemplo, para evitar confusões e brigas entre os torcedores. “Sempre há declarações e comemorações pelo calor do jogo, mas temos sempre que frisar que um clássico não pode gerar violência. Já temos bastante violência e um clássico tem que ser jogado limpo. É mais um clássico e devemos respeitar um ao outro para que possamos transmitir uma paz dentro de campo e que ela se reflita fora”, afirmou ele.
Já o goleiro Marcos foi mais ameno. Um dos mais experientes do grupo, o arqueiro paranista acredita que Giancarlo se empolgou no momento e defendeu o atacante, afirmando que esse tipo de coisa é a parte boa do futebol. “Faz parte do futebol, isso que é o gostoso. Mas claro que naquele momento o Giancarlo estava empolgado, com a adrenalina em alta, e se empolgou um pouco. Mas isso faz parte e não tem maldade nenhuma’, declarou.
Porém, o camisa 1 ressaltou que por se tratar de um duelo decisivo, é importante falar pouco, para evitar dar munição ao adversário. “Eu sempre converso com os companheiros, que nós temos que ter os pés no chão, porque vamos encontrar dificuldades. Agora é mata-mata, então temos que trabalhar muito e falar pouco”, reforçou Marcos.
Nem mesmo as provocações feitas pelo volante Otávio do Furacão, que disse que a equipe vai atropelar o Paraná, foi respondida. A partir de agora, o lema paranista é trabalhar e deixar as polêmicas para trás. Também para evitar um clima de ‘já ganhou’. “Favoritismo não existe em uma reta decisiva como esta. Sempre acontece de um clube terminar em primeiro e logo depois acabar tropeçando”, completou Roniery.