Eleições no Paraná Clube no meio do fogo

O Paraná Clube viverá processo eleitoral em um momento crítico. O presidente do conselho deliberativo, Luís Carlos de Souza confirmou que o pleito deverá ocorrer na primeira quinzena de novembro, período que coincide com jogos da 35.ª e 36.ª rodadas do Brasileirão, contra Goiás (4/11) e Botafogo (11/11). ?É o que reza o estatuto?, confirmou Souza. No seu entendimento, uma eventual disputa pelo poder não interferirá no desempenho do time nesta reta final de competição, em que o Tricolor precisa de pelo menos cinco vitórias para se manter na elite nacional.

O presidente do deliberativo -hoje o conselho com maior poder dentro do clube -convocou para o próximo dia 9 de outubro a reunião definitiva para os ajustes relativos à eleição. ?Se os conselheiros optarem por um adiamento, podemos até repensar essa questão. Mas, particularmente, acho que o estatuto deve ser cumprido?, comentou Luís Carlos. ?O processo já foi atropelado, quando se começou a falar muito cedo de política?, alfinetou Souza, numa referência à tentativa da atual diretoria de modificar o estatuto para buscar nova reeleição.

?Acho que só agora, 30 ou 40 dias antes do pleito, é que deveríamos estar falando em sucessão. Até porque, acredito num entendimento?, disse o presidente do ?conselhão?. Luís Carlos de Souza garante que não será, em hipótese alguma, candidato à presidência. ?Acho que posso ter um papel importante no entendimento entre eventuais alas que venham a surgir e buscar uma composição?, explicou Souza, que crê na possibilidade do clube não passar pelo desgaste de um bate-chapa. ?Ultimamente, ouvi muita conversa fiada por aí. De concreto, há apenas o nome do José Domingos, lançado pelo Miranda?, afirmou.

Souza garante que nem mesmo reservadamente dirigentes como Márcio Villela ou Aurival Correa – hoje, vice-presidentes de Miranda e nomes cotados para a presidência do clube – se manifestaram no sentido de formação de uma chapa de oposição a José Domingos. Se é favorável à composição, Luís Carlos de Souza é frontalmente contrário a qualquer possibilidade de alteração estatutária. Confirmou que recentes sugestões – vindas do normativo, conselho formado por ex-presidentes e presidido por Ocimar Bolicenho – foram ?engavetadas?.

?O que se busca é um retrocesso, não uma modernização. Acredito que podemos, no momento certo e não agora, efetuar ajustes, mas sem uma mudança estrutural?, explicou. Na condição de órgão de fiscalização, de cobrança à diretoria, Souza confirmou sua preocupação com o atual momento da equipe no Brasileiro. ?O departamento de futebol tem toda a autonomia e conselheiros não interferem neste ponto. Só torcemos por uma reação da equipe, nestes onze jogos que nos restam?, finalizou.

Receita é balançar as redes

O técnico Lori Sandri trabalhou finalizações de forma intensa. Para sair da lama, o Paraná Clube necessita de gols e terá pela frente a segunda melhor defesa do Brasileirão. O Fluminense não sofre gols há quatro jogos e levou apenas 22 em toda a competição, com média de 0,81 gol/jogo. ?Precisamos de uma vitória, não importa de que forma. Esse grupo precisa recuperar a confiança?, sentenciou o treinador.

Lori não deu pistas sobre a formação que pretende utilizar, mas deixou no ar a possibilidade de escalar pela primeira vez, desde que chegou ao clube, o time num 4-4-2. ?Com o Daniel Marques e o Luís Henrique, posso armar uma zaga mais veloz. Mas, ainda quero ver mais do Fluminense, antes de definir a estratégia de jogo?, explicou o técnico paranista, em posse do DVD dos últimos jogos do tricolor carioca.

?Independente do esquema, o time precisa de tranqüilidade. Esse momento de tensão acaba abatendo alguns jogadores e isso tem reflexo na produção do time?, ponderou Lori. Nos coletivos de hoje e amanhã o treinador deverá testar algumas possibilidades, com a presença de um novo meia-de-criação. Robson e Renan estão nos planos do treinador, que deve ainda promover a volta de Batista à condição de titular.

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