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Eleição presidencial do Corinthians pode acabar na Justiça

O jogo com o São Paulo, no Pacaembu, é o último do Corinthians sob a gestão Roberto de Andrade. No sábado que vem, ocorrerá a eleição para definir o novo presidente, mas possíveis impugnações não permitem assegurar que o vencedor assumirá logo após o pleito.

Dos cinco candidatos, três deles têm a candidatura ameaçada: Paulo Garcia, Antônio Roque Citadini e Andrés Sanchez. Caso um dos três seja o vencedor, há chance de os derrotados entrarem com recurso questionando a legalidade do resultado. O Estado entrou em contato com os candidatos para saber como reagem a esse risco.

Paulo Garcia é acusado de compra de votos. Admite que pagou para alguns associados inadimplentes regularizem suas situações, mas nega viés eleitoreiro. “Fui o primeiro a ir na comissão eleitoral e pedir a impugnação do direito de voto desses associados beneficiados por uma regra do clube. Eu não pedi voto a ninguém”, disse. A comissão eleitoral investiga a denúncia.

Andrés Sanchez também é acusado de comprar votos. A comissão apura a informação de que um cheque no valor de R$ 500 mil em nome do empresário Carlos Leite foi usado para resolver a situação de sócios inadimplentes. Andrés nega. “Lamento que em vez de os candidatos mostrarem suas propostas, alguns ficam buscando caçar outras candidaturas. Eu prefiro o debate das urnas e deixar para o sócio escolher quem deseja que comande o clube.”

Antônio Roque Citadini é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e não poderia assumir a presidência por ter cargo público. Ele chegou a ter a candidatura impugnada, mas conseguiu uma liminar para participar do pleito. “Provavelmente, tem o envolvimento de um ou outro, torcida de alguém, sei lá. A minha candidatura e a do Andrés querem que a eleição saia o quanto antes, pois são as duas chapas mais fortes.”

Felipe Ezabella não chegou a ser denunciado, mas no clube questiona-se sua eleição para o Conselho Deliberativo em 2007 sem ter cinco anos como sócio e também o fato de ter sido advogado do meia Elias e conselheiro do clube ao mesmo tempo. “Fui advogado de algumas questões pessoais do Elias e de sua família apenas. Sobre a eleição para o Conselho, a própria diretoria decidiu que não há mais nada para falar.”

Romeu Tuma Júnior, que não enfrenta nenhuma denuncia, lamentou. “Tratam o Corinthians como clube de bairro. O clube precisa de um presidente que não arrume mais imbróglio tentando acumular cargos e judicializando as eleições.”

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