Os últimos dois dos cinco candidatos a presidente do Santos nas eleições de 6 de dezembro registraram as suas chapas na tarde desta sexta-feira, quando se encerrava o prazo. A encabeçada por Modesto Roma Júnior, chamada “Santos Gigante”, foi protocolada às 16 horas e recebeu o número 4, obedecendo acordo prévio com Fernando Silva, da “Mar Branco”, que foi inscrita meia hora mais tarde e ficou com o 5. Os outros postulantes são José Carlos Peres, que lidera a chapa 1 (“Santos Vivo”), Nabil Khaznadar, da 2 (“Avança Santos”), e Orlando Rollo, da 3 (“Pense Novo”).

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O registro de cinco chapas, cada uma com 234 nomes de sócios com no mínimo cinco anos de clube e em dia com as contribuições, é recorde na história santista, que sempre teve dois candidatos na eleição presidencial. O vencedor será empossado simbolicamente após a apuração das urnas que serão colocadas na Vila Belmiro e na Federação Paulista de Futebol (FPF), em São Paulo. E administrará o Santos pelos próximos três anos, a partir de 1º de janeiro de 2015.

“A nossa campanha está sendo um sucesso, com apoio grande e adesão maciça”, disse Modesto Roma Júnior, lançado pelo grupo político do ex-presidente Marcelo Teixeira e que foi acompanhado por mais de 80 pessoas, nesta sexta-feira, na Vila Belmiro. “Além dos 234 nomes que constam da chapa, temos mais 618 fichas assinadas de sócios com condições legais.”

Fernando Silva foi oposição a Marcelo Teixeira nas eleições de 2001 e nos pleitos seguintes não pôde ser candidato por questões estatutárias. Voltou em 2009 como um dos principais articuladores do movimento que levou Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ao poder no clube. Ele considera positivo o fato de cinco candidatos estarem concorrendo à sucessão de Odílio Rodrigues. “Fico feliz porque essas eleições mostram que o Santos vive um momento de democracia plena e de oxigenação, com inúmeros projetos”, afirmou.

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O que desanima o candidato da chapa “Mar Branco” é a dramática situação administrativa do que clube atravessa ultimamente. “Hoje está muito pior do que aquele estado em que encontramos o Santos em 2010. O clube está em clima de abandono, sem comando e com o torcedor desanimado. A dívida a curto prazo até abril é de R$ 130 milhões e no total, de R$ 400 milhões. A minha solução é a mesma de 2010: um grupo vai atrás de receitas e outro procura os credores para mudar o perfil da dívida. O sócio precisa ter consciência de que o voto dele em 6 de dezembro será o voto da sobrevivência do Santos”, afirmou Fernando Silva.

Havia no ar a suspeita de que, em cima da hora do encerramento do registro das duas últimas chapas, Modesto Roma Júnior retirasse a candidatura em favor do ex-presidente Marcelo Teixeira, que teria maiores possibilidades de ganhar a eleição, por ser considerado o único com recursos para injetar no clube para tirá-lo da grave crise financeira. Mas Marcelo Teixeira se manteve mesmo como apoiador da chapa “Santos Gigante” e promete ajudar o Santos “no que for possível”.

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