A sucessão presidencial no Coritiba pode ser decidida nos tribunais. Enquanto o advogado Domingos Moro corre contra o tempo para registrar sua chapa, o grupo do atual presidente, Giovani Gionédis, tenta inviabilizar na Justiça a inscrição de mais uma candidatura de oposição. Uma disputa que promete continuar, mesmo após a eleição, marcada para o dia 16 de dezembro.
Por enquanto, apenas dois candidatos estão inscritos: o atual coordenador de futebol João Carlos Vialle, pela situação, e Jair Cirino dos Santos, pela oposição. A princípio, o limite para o registro das chapas era o dia 28 de novembro. Mas uma liminar concedida ao grupo de Moro estendeu o prazo até amanhã.
Moro conquistou no último minuto alguns dias a mais para montar sua chapa. Seu grupo obteve uma decisão judicial obrigando a atual diretoria a divulgar a lista completa de sócios aptos a votar, com endereços e telefones. Como o estatuto do clube prevê que os nomes sejam divulgados dez dias antes do encerramento das inscrições, o conselho deliberativo do clube teve que prorrogar o prazo.
Apesar de garantir que já tem os 120 nomes necessários, Moro ainda não efetuou o registro de sua chapa. E corre o risco de ser impedido de fazê-lo, já que a atual diretoria está tentando cassar a liminar. ?Estamos pedindo a revogação desse despacho, pois acreditamos que houve um equívoco. Entendemos que a divulgação dos sócios não tem nada a ver com o prazo de inscrição das chapas, que é definido pelo estatuto?, diz o advogado Fernando Barrionuevo.
Uma resposta ao pleito da diretoria deve sair ainda hoje, mas a diretoria alviverde já avisou que, mesmo se a liminar for mantida, vai tentar impugnar a candidatura de Moro. ?A decisão que prolongou o prazo de inscrições é provisória e pode ser reformada. Se ela for mantida, iremos recorrer ao Tribunal de Justiça, que é a instância seguinte?, avisa Barrionuevo.
A notícia deixou Moro preocupado com os rumos da eleição. ?Lamento se isso acontecer, pois o aumento de prazo é legítimo e justificado. Mas o que me preocupa é o anúncio de que mesmo que a liminar seja mantida, eles irão tentar a impugnação. Isso tumultua muito o processo eleitoral?, afirma.
Moro diz que o empenho do grupo de situação em impedir sua candidatura mostra a força do movimento ?Coritiba do Futuro?, encabeçado por ele e apoiado pelo ex-presidente Evangelino da Costa Neves. ?É um sinal de desespero. Isso mostra a força do movimento. Se não, ninguém estaria preocupado conosco?, avalia o advogado. Ele diz que faltam apenas alguns detalhes para que sua chapa seja inscrita e promete que fará o registro até amanhã. Se a Justiça permitir.
Atacante de seleção pode pintar no Coxa
Rogério Soares/Tribuna de Santos |
Amoroso é a bola da vez pra vestir a camisa alviverde em 2008. |
Em meio a disputa eleitoral, o Coritiba vai montando seu elenco para a temporada 2008. A diretoria já garantiu a renovação do contrato do volante Douglas Silva e tenta convencer outros destaques do time a permanecer no Coxa, como o goleiro Edson Bastos. A busca por reforços também continua e mais uma especulação agitou os bastidores ontem: o atacante Amoroso, ex-seleção brasileira, pode estar a caminho do Alto da Glória.
A renovação com Douglas Silva foi anunciada pelo coordenador de futebol João Carlos Vialle. ?Já está tudo certo e ele permanece conosco por mais dois anos?, revelou. O próximo da lista é Edson Bastos, que chegou a ser considerado um desfalque certo, mas já estaria próximo de um acerto.
Já o nome de Amoroso voltou a ser comentado como um possível reforço alviverde. A diretoria, por enquanto, não confirma nada, mas negociações já estariam em andamento. O atacante, de 33 anos, chegou a conversar com o Coxa em agosto, quando deixou o Grêmio, mas não chegou a um acordo. ?Ele não vem mais. Ligou e disse que não vai para lugar nenhum, mas se colocou à disposição do Coritiba para o ano que vem?, disse Vialle na ocasião.
Amoroso realmente não acertou com ninguém e está sem clube desde então. No ano passado, as notícias eram de que o Coxa teria oferecido a ele salários de R$ 70 mil e luvas de R$ 140 mil. De volta à primeira divisão, o clube estaria disposto a incrementar a proposta, o que poderia convencer o atacante a vestir a camisa alviverde em 2008.