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Eleição é interrompida e Federação Italiana de Futebol segue sem presidente

A crise no futebol italiano parece não ter fim. Nesta segunda-feira, a eleição para escolher o novo presidente da federação nacional da modalidade não terminou, depois que os eleitores falharam na tentativa de apontar um vencedor após três tentativas. Com isso, a entidade segue sem um líder.

As regras da eleição da Federação Italiana de Futebol (FIGC) determinam que um candidato só pode ser o vencedor se tiver pelo menos 50% dos votos mais um. Mas depois de três tentativas realizadas nesta segunda, os delegados não conseguiram chegar a um acordo que determinasse o novo líder.

Na terceira eleição, Cosimo Sibilia, presidente da Liga Nacional Amadora de futebol, liderou o pleito com 39% dos votos, contra 38% Gabriele Gravina, presidente da liga responsável pela terceira divisão do Campeonato Italiano. O ex-volante da Roma Damiano Tommasi, presidente da Associação Italiana de Jogadores, teve 21%.

Diante da indefinição, os candidatos conversaram entre si para tentar um acordo. Falou-se sobre a possibilidade de aliança entre Sibilia e Gravina e até da retirada da candidatura de Tommasi, o que possibilitaria que um dos postulantes tivesse a maioria dos votos. Mas nada disso aconteceu.

Com a eleição travada e sem a possibilidade de acordos, Sibilia ordenou que seus apoiadores postassem a cédula em branco na urna. E após nove horas de cerimônia, o pleito terminou sem nenhuma definição.

A tendência agora é que o Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), responsável pela supervisão de todos os esportes no país, determine um líder de emergência para a federação. Foi isso que aconteceu quando a FIGC viveu situação semelhante, em 2006. Na ocasião, o Coni apontou Guido Rossi como presidente após um escândalo no futebol local.

Antigo presidente da FIGC, Carlo Tavecchio anunciou a renúncia ao cargo uma semana depois de a Itália não conseguir vaga na Copa do Mundo deste ano, na Rússia. Ele havia sido reeleito para quatro anos no cargo em março passado, mas passou a sofrer grande pressão depois da desclassificação na repescagem europeia pela Suécia, considerada um desastre no país, e decidiu se afastar da modalidade.

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