Eleição de presidente agita o Paraná Clube

Os três próximos dias serão decisivos para o futuro do clube. Na sexta-feira, os sócios decidem nas urnas quem comandará o Paraná Clube nos próximos dois anos. O dia do 14.º aniversário do Tricolor será marcado pelo inédito pleito. A mudança do estatuto, aprovada em assembléia geral, permitiu que pela primeira vez o associado eleja o presidente do clube (antes, somente os conselheiros tinham esse poder). Situação e oposição disputam o cargo voto a voto. Somente após a eleição é que as questões do futebol poderão ser definidas.

José Carlos de Miranda -chapa Família Tricolor – e José Alves Machado – Voto Direto – têm propostas similares, mas há divergências evidentes nos discursos dos candidatos. Isso ficou claro no debate promovido ontem pela Rádio Banda B. Miranda, que responde pela situação, antecipou que a estrutura do departamento de futebol, caso ele seja eleito, não será modificada. José Domingos Borges Teixeira (que é também o 1.º vice-presidente da chapa), Durval Lara Ribeiro e Paulo Welter continuariam gerindo o setor. “A capacidade deles foi comprovada no Brasileirão, onde o clube conseguiu uma campanha expressiva, apesar da verba muito inferior à dos demais integrantes da Série A”, ponderou o professor Miranda.

Machado questionou os elogios, preferindo creditar ao técnico Cuca a montagem do elenco e ao bom trabalho de Saulo de Freitas a colocação final. “Essa câmara cometeu erros decisivos. Dispensou o Saulo para trazer Edu Marangon e depois, dois de seus integrantes invadiram o campo o que custou ao clube perda de dois mandos e mais de um mês sem jogar perante sua torcida”, disparou. “Fizeram lambança”. Disse ter um grupo forte e capaz de comandar o futebol, mas que até poderia contar com a permanência de um ou dois dos componentes da atual câmara, mesmo sabendo que estes apoiam o seu rival.

O time

Enquanto Miranda destacou que seu plano de ação é buscar viabilizar a permanência da base atual – mesmo admitindo que Renaldo e Marquinhos já estão fora -, Machado disse que o grupo já foi desfeito e que é preciso é ter habilidade para se montar um novo elenco, no mesmo nível de competitividade. Os dois candidatos concordam que o Paraná precisa partir de um grupo mais “modesto” – na disputa do Campeonato Paranaense – para reforçá-lo quando a bola for rolar pelo Brasileirão. Para eles, não é viável pensar em um plantel definitivo já em janeiro. Miranda e Machado também prometem “estreitar” relacionamentos com Clube dos 13 e CBF, considerando ser fundamental a boa convivência com aqueles que estão no poder.

O social

Miranda e Machado também querem resgatar o quadro associativo do clube, criando novas opções de sócios – sócio torcedor, sócio somente das sedes Boqueirão ou Tarumã, etc – reduzindo o valor destas mensalidades. “Quero que o Paraná volte a ter no mínimo dez mil sócios em dia”, explicou Miranda. Os candidatos também têm planos para a recuperação patrimonial do clube. Miranda promete a implementação de um sistema de iluminação no Érton Coelho Queiroz, enquanto Machado prega uma solução política para o impasse jurídico que envolve o Durival Britto.

Nova divergência surgiu na avaliação sobre a atual gestão. Miranda confirmou ter tido divergências com Enio Ribeiro, mas preferiu não criticar nenhum dos ex-presidentes, alegando que todos podem ter errado, mas nenhum agiu de má fé. Já Machado criticou o uso da estrutura atual para favorecer a campanha do candidato da situação. “Não o conheço o Enio pessoalmente, mas não foi um bom presidente, pois centralizou o poder”, finalizou.

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