Edu Marangon defende manutenção da fórmula

Tendo em seu currículo passagens pelo futebol europeu e japonês, o técnico Edu Marangon acredita que uma avaliação precisa sobre o primeiro campeonato brasileiro por pontos corridos só poderá ser feita ao término da competição. O treinador só tem uma certeza: “Pensar em mudança para o ano que vem é burrice”. Marangon tem convicção que é preciso dar tempo ao tempo e somente no ano que vem os profissionais da área terão parâmetros para avaliar a competição e a melhor estratégia a ser aplicada em cada clube.

“Com a experiência deste ano, poderemos precisar a pontuação necessária para se buscar objetivos e daí fica mais fácil trabalhar”, disse. Edu Marangon reconhece que não é fácil preparar um time para um torneio tão longo (46 jogos). “É preciso estar muito bem física e tecnicamente, dispor de um grupo numeroso e, principalmente, organizar um trabalho motivacional variado, para escapar da rotina”, comentou. “Não tenho dúvida de que todas as comissões técnicas vão reavaliar suas programações, adaptando e corrigindo o que estão fazendo atualmente.”

O técnico tricolor é favorável à adequação do calendário brasileiro ao europeu. “Com um encaixe às datas da Fifa, todos serão beneficiados”, acredita. Melhor para a seleção, que contará com jogadores num mesmo padrão físico, e bom para os clubes. “Aí, o Brasil poderia voltar a disputar torneios amistosos na Europa, assegurando intercâmbio e receitas extras num momento de preparação dos times”. Marangon, porém, acredita que só adequar o calendário não é suficiente. “Com a manutenção do regulamento, os clubes poderão se organizar com carnês, adaptando-os à realidade do nosso País.”

Mesmo com as diferenças culturais e econômicas, Edu Marangon não aceita a idéia de que o torcedor brasileiro não tem condições de adquirir “pacotes” dos jogos de seu time. “Se ele tiver confiança naquilo que está adquirindo e o preço for acessível e em parcelas, vai investir.” Edu defende a longevidade das comissões técnicas, o que refletiria na criação de uma filosofia de trabalho, como nos clubes europeus. “Não é por acaso que os primeiros colocados do Brasileirão são aqueles clubes que mantiveram uma filosofia de trabalho.”

Com esta estrutura bem definida e uma linha de ação calculada, os clubes não precisam sair em busca de muitos reforços ao final de cada temporada. Diante de recursos escassos, nada melhor do que a aposta nas categorias de base. “Desde que você tenha investido para revelar ou buscar esses garotos. Aí, a coisa funciona”, disse o treinador.

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