Itu – O advogado do atacante Edmundo, Luiz Roberto Leven Siano, revelou que pretende entrar na Justiça até a semana que vem com um pedido da penhora dos bens do técnico do Santos, Vanderlei Luxemburgo, que ainda não quitou uma dívida antiga com o jogador.

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Luxemburgo foi condenado em segunda instância pela Justiça do Rio de Janeiro, no mês passado, a pagar quase R$ 1 milhão ao jogador, referente à dívida de um empréstimo feito a ele pelo atleta em 1995. O cheque de Luxemburgo – sem fundos, como provou Edmundo – era de R$ 400 mil. Com a correção monetária, o valor chegou a quase R$ 1 milhão.

?Como o Luxemburgo ainda não nos procurou para quitar a dívida, pretendemos entrar até semana que vem com um pedido de penhora de bens?, disse Leven Siano. ?Podemos penhorar qualquer coisa do Luxemburgo, carros, apartamentos e até direitos de imagem que ele tem a receber do Santos?, emendou o advogado de Edmundo. O advogado acrescentou que ?Luxemburgo precisa entender que está lidando com a Justiça, não com o time do Santos?.

Na última terça-feira, Siano já garantiu mais uma vitória para seu cliente num processo que movia desde 99 contra a revista Veja, da Editora Abril. Naquele ano, a revista trouxe uma matéria de capa com a manchete ?Animais no volante?, relacionando os acidentes de trânsito causados por Edmundo e pelo ex-goleiro Edinho, filho de Pelé. O que mais chateou Edmundo foi a campanha publicitária da revista em outdoors espalhados pelas maiores cidades brasileiras: ?Alguns animais devem ficar atrás das grades?. Sentindo-se ofendido, Edmundo entrou com o processo por danos morais. E nesta terça a Justiça do Rio decretou que a Veja terá de pagar a ele uma indenização de R$ 75 mil. Como a decisão foi em segunda instância, não cabe mais recurso.

EUA

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O empresário Fred Souza, que tem intermediado as conversas da Major League Soccer (MLS, a liga norte-americana de futebol) com o advogado de Edmundo, disse nesta terça à rádio Jovem Pan que pretende fazer uma nova proposta pelo jogador, que defenderia o New York Red Bulls. A primeira, feita há dois meses, já havia balançado Edmundo. ?Mas não pelo valor financeiro, e sim pelo tempo de contrato oferecido?, esclareceu Leven Siano.

?Não é comum oferecerem um contrato de dois anos a um jogador que já está com 36. Por isso, e só por isso, é que o Edmundo se sentiu balançado.? O advogado disse que o jogador se reunirá com a diretoria palmeirense ?provavelmente na quinta-feira?. ?O Edmundo quer esperar o resultado desse jogo contra o São Bento antes de tomar uma decisão?, explicou Leven Siano.

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O New York Red Bulls nega, ao menos oficialmente, qualquer intenção de contar com o camisa 7 palmeirense. O porta-voz do time, Robert Sierra, disse por telefone à Agência Estado que ?não sabe de nada?. ?Posso garantir que não houve nenhuma proposta.? Sierra, no entanto, disse que o técnico do Red Bulls, Bruce Arena, pediu a contratação de um atacante experiente. Nos EUA, falou-se em Edmundo, no chileno Marcelo Salas e no colombiano Juan Pablo Angel. ?O único para quem fizemos uma proposta foi o Angel, mas ele pediu dinheiro demais?, declarou Sierra.

O atacante tem contrato com o Palmeiras até dezembro. Ele já considerou a hipótese de renová-lo, mas o diretor de futebol Savério Orlandi diz que ?ainda é cedo para isso?. Se quiser encerrar a carreira ou aceitar a proposta dos Estados Unidos, Edmundo precisaria pagar ao Palmeiras uma multa cujo valor é a metade dos salários em carteira que ainda teria de receber até dezembro.

A diretoria já disse que ele nem precisaria se importar com isso, o que causou um tremendo mal-estar com o jogador. ?O Edmundo entendeu que queriam abrir mão dele. Ele esperava que a diretoria dissesse que não o liberaria de jeito algum?, contou o advogado do jogador.

O vice-presidente Gilberto Cipullo garante que tudo não passa de um mal-entendido. ?Quando dissemos que o liberaríamos caso aparecesse uma boa proposta, nossa intenção era não atrapalhar a vida do jogador, inclusive como forma de reconhecimento a tudo que ele já fez pelo clube.?

Luiz Roberto Leven Siano contou ainda que Edmundo pensou, sim, em cobrar formalmente os direitos de imagem que tinha a receber do Palmeiras. ?Foi na época que o Paulo Baier saiu do clube, há uns 40 dias, por esse mesmo motivo?, contou o advogado. ?Mas eu o aconselhei a ficar e continuar focado no campeonato paulista. Foi isso o que o Edmundo fez.?

Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Edmundo não foi ontem a Sorocaba, torcer pelo Palmeiras contra o São Bento.