São Paulo – Um salário de US$ 50 mil mensais tirou Edmílson do Palmeiras (quase oito vezes mais do que os R$ 20 mil que embolsava no Parque Antártica). A quantia será paga pelo Niigata, equipe japonesa que subiu recentemente para a primeira divisão, e que contará com o atacante de 21 anos por empréstimo até o final do ano. Ontem, as negociações foram definitivamente concluídas.

“A transação foi interessante para todas as partes”, afirmou Ico Martins, empresário do jogador.

Mas foi do técnico Jair Picerni a primeira voz discordante. Passando por cima da determinação do assessor de imprensa do clube, que informou aos jornalistas que nenhuma questão relacionada ao atacante seria respondida, ele demonstrou sua contrariedade com a perda de Edmílson.

“Hoje, quem manda são os empresários. E o Edmílson não tinha como recusar um salário tão alto. Trata-se de um atleta de muito futuro, que fará falta”, afirmou Picerni.

O treinador, no entanto, fez questão de dizer que torce para o sucesso do atacante, que marcou o gol do título palmeirense na Série B de 2003, na vitória sobre o Sport por 2 a 1, em Garanhuns.

“Fico preocupado com sua saída, mas não lamento. É um grande jogador, que fez muito pelo time em todos os momentos em que entrou em campo. Quando se fala em dólar, é muito complicado convencer alguém a permanecer no Brasil. Ele tem tudo para vencer no Japão”, disse Picerni.

Edmílson deve se incorporar ao elenco do Niigata em Curitiba, onde a equipe está realizando pré-temporada. Sem opções, Picerni escalou o atacante Adriano Chuva, recém-contratado, no banco para o jogo de hoje, contra o Ituano.

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