Edílson tem medo do povão

São Paulo – O sonho de todo escritor é reunir o maior número possível de fãs no lançamento de seu livro. Com Edílson Pereira de Carvalho, o ?juiz ladrão?, é diferente. O principal envolvido na máfia do apito preferiu lançar sua biografia (Cartão Vermelho, Mundo Editorial, 156 páginas.) na surdina, ontem, na Bienal do Livro, no Anhembi, em São Paulo.

Ele não quis uma sessão de autógrafos. Tem medo dos leitores. Evitou até passear pelos corredores lotados da Bienal. Só falou com os jornalistas, com sua editora e foi embora para casa, em Jacareí, no interior de São Paulo. ?Nem saio mais nas ruas. Tenho medo. Fã de futebol é diferente de fã de golfe. Tudo poderia acontecer?, disse Edílson.

A entrevista coletiva foi o primeiro ?evento social? do ex-árbitro em meses. Nem foi muito badalada. Pelo contrário. Não havia sequer uma câmera de TV, só meia dúzia de repórteres de jornais e sites esportivos. Vestindo uma camisa listrada em tons de laranja, exibindo cordões, pulseiras e grossos anéis nas duas mãos, Edílson suava enquanto segurava o microfone, apesar do ar-condicionado ligado na máxima potência.

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