O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzmann, que também preside o comitê organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, afirmou que tem uma visão progressista e está disposto a modernizar alguns esportes na primeira Olimpíada da América do Sul.
“Tenho uma visão progressista”, declarou Nuzman à imprensa em Cingapura, durante a primeira edição dos Jogos Olímpicos de Juventude (JOJ). “Estou aqui para atrair a juventude para os Jogos Olímpicos. E nada é melhor para fazer isso que modernizando os Jogos, criando provas alternativas”, completou o dirigente.
Nos Jogos da Juventude, 3.600 atletas entre 14 e 18 anos competem nas 26 modalidades tradicionais das Olimpíadas, mas de forma diferente em alguns casos. Alguns esportes foram adaptados para a público jovem, como partidas de basquete nas ruas, triatlo com equipes mistos e provas de revezamento com homens e mulheres na piscina.
“O três contra três introduzido no basquete em Cingapura é fantástico, e sou favorável a que seja adotado nos Jogos Olímpicos”, afirmou Nuzman, antes de explicar que a competição de três poderia ser disputada ao mesmo tempo que a tradicional, com cinco jogadores em cada time na quadra.
Ele também elogiou as provas com equipes mistas nos revezamentos 4x100m livre e quatro estilos na natação.
O dirigente destacou ainda que nos Jogos da Juventude há uma prova de arco e flecha por equipes. “Precisamos ser ousados nas mudanças”, resumiu Nuzman.
Como o Brasil já trabalha nos Jogos de 2016, Nuzman descartou que alguma cidade do país seja candidata para organizar no futuro próximo os Jogos da Juventude, e deu sua visão para este evento.
“Os Jogos Olímpicos da Juventude devem ser organizados em países que pensem que ainda não é momento de receber os Jogos Olímpicos. Temos que ter isso em mente. Pelo menos é assim que vejo os Jogos”, comentou Nuzman.