Uma troca de e-mails entre Fernando Alonso e Pedro de la Rosa, piloto de testes da McLaren, pode ser a evidência que a FIA disse ter descoberto no caso de espionagem envolvendo a equipe inglesa e a Ferrari, que teve documentos confidenciais furtados por seu ex-chefe de mecânicos Nigel Stepney. Na próxima quinta-feira, em Paris, o conselho mundial da entidade se reúne novamente para discutir a questão e pode punir a McLaren, no limite, até com a exclusão do campeonato – de 2007 e de 2008.

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Nos e-mails, Alonso recebe de De la Rosa orientações sobre como acertar melhor o carro para otimizar o uso dos pneus Bridgestone, uma novidade para a equipe nesta temporada – até o ano passado, a McLaren usava Michelin, assim como Alonso, que corria pela Renault.

As dicas teriam sido passadas a De la Rosa por Mike Coughlan, então projetista-chefe do time. Foi Coughlan, já afastado da McLaren, o receptor do pacote de dados da Ferrari surrupiado por Stepney. Se confirmada essa versão, estariam comprovados dois ?crimes? da McLaren: 1) ter feito uso de informações sigilosas de outra equipe; 2) ter tido acesso a essas informações muito antes do que se imaginava, talvez desde o ano passado; por enquanto, o que se sabe é que Stepney passou os arquivos ferraristas em maio deste ano, antes do GP da Espanha. Alonso, De la Rosa e Lewis Hamilton, os três pilotos da McLaren, foram convocados para a reunião do conselho mundial. Terão de dizer tudo que sabem.

É nesse clima que começa, hoje, o GP da Itália, em Monza, com os primeiros treinos livres a partir das 5h (de Brasília). Os organizadores da corrida, por conta do acirramento da rivalidade entre Ferrari e McLaren, temem ações de torcedores contra membros do time inglês.

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