A conquista do sexto Campeonato Gaúcho consecutivo do Internacional rendeu uma noite de comemorações da torcida e do elenco no último domingo, mas para uma pessoa em especial o título teve um significado diferente. O goleiro Alisson viveu sua provável despedida do clube que o criou e que foi sua casa durante 15 anos.
De saída para a Roma, onde atuará a partir do segundo semestre, o capitão levantou o troféu do Gaúcho e depois protagonizou um momento especial no Beira-Rio. Sozinho, voltou ao estádio já vazio, sentou ao pé de uma das traves que defendeu por tantas vezes e chorou. Foi acalentado por seu irmão, o também goleiro Muriel, e ali ficaram por alguns minutos.
Na volta para o vestiário, Alisson mal conseguia falar sobre o que sentia. “É bom aproveitar cada segundo. As pessoas mais velhas, com mais sabedoria, sempre me aconselham a aproveitar os momentos. Fica a alegria, não tem tristeza. Quando tem choro, é choro de alegria, de satisfação… Não dá para falar”, disse o goleiro com o olho cheio de lágrimas.
Alisson está negociado com a Roma e não deve defender mais o Internacional, já que foi convocado para a seleção brasileira que disputará a Copa América Centenário. Há ainda a possibilidade de que ele defenda o time gaúcho nas duas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, mas a tendência é que seja preservado.
O técnico Argel Fucks reconheceu a trajetória do goleiro e sua importância para o Inter. “Alisson tem bom caráter, é simpático, educado, jogador macho. Nos momentos mais difíceis, assume a responsabilidade. É uma satisfação grande trabalhar com ele. Quem sabe a gente possa trabalhar juntos novamente… O Alisson deixa um legado aqui no Internacional. Sai pela porta da frente.”