E aconteceu. Roberto Brum não é mais titular

Os “intocáveis” estão escasseando no Coritiba. Com a saída oficializada de Roberto Brum do time titular, restam apenas Reginaldo Nascimento e Fernando com mais de um ano na equipe principal – o goleiro há dois, e o capitão há quatro.

O “Senador”, já livre da suspensão que o tirou do jogo da Libertadores contra o Olimpia, não voltou como em outras oportunidades, e será apenas opção de banco contra o Beltrão, domingo, às 15h30, no Anilado.

Era a única dúvida que persistia no time, além da possibilidade de Luís Mário ficar de fora do jogo (ver matéria). Mas, para muitos, Roberto Brum voltaria naturalmente ao Cori – como voltou no tempo de Joel Santana, e nos vinte meses em que Paulo Bonamigo esteve no Alto da Glória. Só que o técnico Antônio Lopes refreou a animação do volante ao confirmar o mesmo time que enfrentou os paraguaios.

Para Brum, uma novidade. Sempre que deixou a equipe – fosse por lesão ou suspensão – nos últimos dois anos, o “Senador” rapidamente voltava. Um dos ídolos da torcida, pela vontade que demonstra e pela rápida identificação com o clube, o jogador era ‘intocável’ e sabia disso, mesmo que em alguns momentos não parecesse assim.

Em 2002, Joel Santana teve um atrito público com Brum, após declarações desencontradas. O técnico (hoje no Guarani) chegou a dizer que o jogador “não jogaria mais no Coritiba” caso a história continuasse. Na metade do Brasileiro do ano passado, Bonamigo tinha Willians (hoje sem clube) como o melhor volante do elenco. Depois de uma troca de farpas pela imprensa, eles se entenderam, e o “Senador” foi titular até o final da passagem do técnico pelo Cori.

Agora, entretanto, Brum adota o discurso do grupo. Com serenidade, diz entender que o importante é o Coritiba. “Quando eu era garoto, não conseguia entender isso. Hoje estou mais experiente, e posso dizer que minha vontade é ajudar o clube.”, comentou o volante.

Mas Roberto Brum não conseguiu disfarçar a surpresa. Mais abatido que o normal, o volante tentava transparecer tranqüilidade. “O professor já avisou ao elenco que vai manter o time. Eu realmente não esperava, só que tenho que colocar toda a minha vontade em prol do Coritiba. Estou preparado para jogar, e estou a disposição do Lopes para o que ele quiser”, finalizou o “Senador”.

Luís Mário é a única pendência

O único empecilho no plano de Antônio Lopes em manter o mesmo time da Libertadores para a partida de domingo, contra o Beltrão, é o atacante Luís Mário. O “Papa-léguas” torceu o joelho direito no treino de ontem e fica de “molho” até amanhã. Logo Luís, que já deixara claro que não se importava com os jogos invadindo o Carnaval.

E o atacante tem história com a festa popular. “Minha mãe chegou a ser presidente de escola de samba lá em Belém”, contou. Luís Mário, empolgado, também participava dos desfiles – e como puxador. Instado a cantar algum samba-en-redo, o jogador ficou encabulado. “Além de não lembrar de nenhum, eu fiquei com vergonha”, confessou.

A torção aconteceu durante um prosaico treino de arremates a gol. “O bom foi que ele não teve nenhuma lesão interna, nem de menisco, nem de ligamento”, comentou o médico William Yousef. Luís Mário será reavaliado apenas no sábado, e se ele não jogar, Bruno será o seu substituto.

Acelerando

O técnico Antônio Lopes confirmou que deve usar a primeira rodada da segunda fase (programada para quinta) para colocar Tuta e Aristizábal em campo. “Eles precisam ganhar ritmo, e é importante que eles possam jogar o mais rápido possível”, explicou o treinador. Ari já participa normalmente dos treinos, enquanto Tuta ainda trabalha em separado.

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