Coritiba e Atlético disputaram na noite de ontem as atenções da capital paranaense para o lançamento de seus novos uniformes. De um lado, na região do Rebouças, alviverdes tomavam vinho e jantaram em ambiente fino após comportado desfile de camisas. Do outro, no Batel, rubro-negros conheceram seus novos fardamentos tomando cerveja e ouvindo rock, em ritmo de balada.
A nova linha de uniformes do Coritiba apresentou mudanças maiores apenas na camisa reserva, com listras mais grossas. Quem abriu o lançamento coxa foi nada mais nada menos que Dirceu Kruger, o grande homenageado do clube do Alto da Glória.
Além de camisas retrô de passeio que remetem aos tempos em que o Flecha Loira desfilava com seu requintado futebol nos gramados brasileiros, o ídolo foi homenageado com uma marca d’água de sua foto estampada no uniforme.
Ao comentar a homenagem, Kruger falou de nostalgia da década de 1970, quando ganhou definitivamente sua fama no Coritiba. “Fico lisonjeado com a homenagem. Principalmente pelo fato de antes a torcida ter feito a bandeira, mas agora partir da instituição. É uma chance de reviver o passado do clube”, disse ele, emocionado, antes de ser aplaudido por um público composto em sua maioria por engravatados.
Outro homenageado foi o goleiro Rafael Cammarota. Uma réplica de passeio do uniforme usado por ele em 1985 foi lançada. Alguns sócios-torcedores também participaram do evento, que contou com jogadores como Bill e Marcos Aurélio.
O clima foi completamente diferente na festa atleticana. Diversos torcedores estavam presentes em meio a dirigentes e funcionários para acompanhar o lançamento do novo uniforme, que mistura modernidade e temas do passado. Na camisa branca, a diretoria optou por relembrar os tempos de Ziquita, na década de 1970.
Ao som de um cover rejuvenescido de Help, dos Beatles, enquanto a galera rubro-negra ainda conversava empunhando as bebidas oferecidas pela casa, surge Paulo Baier.
Em meio ao povo, trajando o novo fardamento, o ídolo foi ovacionado. Depois de rápida subida no palco onde estava a banda Decompositores, só deu tempo para o capitão do Atlético fazer uma pequena brincadeira.
Pouco depois, não havia um que não soltasse o mesmo grito que se escuta em suas entradas em campo na Arena da Baixada. Pouco depois foi a vez de integrantes da torcida organizada Ultras puxarem o hino do clube.
“Tentamos organizar um evento que mostrasse a verdadeira cara do Atlético. E o Atlético é o povão”, disse o assessor da presidência e ex-diretor do Furacão, Roberto Karam.