O meia Jádson e o lateral-esquerdo Marcão são os jogadores do Atlético imbatíveis até aqui no Campeonato Brasileiro. Nos oito primeiros jogos da competição, os dois estiveram sempre entre os titulares e indicam que entraram no time para ficar. Fôlego para isso, ambos têm e já mostraram vestindo a camisa rubro-negra. Jádson foi conquistando seu espaço aos poucos dentro do time e o segundo andou titubeando nas últimas apresentações, mas promete retomar o mesmo desempenho do início da temporada.
“Já vem do Campeonato Paranaense, quando vinha jogando bem”, aponta o meia Jádson. De acordo com ele, com a chegada do técnico Levir Culpi (que assumiu a equipe na quarta rodada), a confiança permaneceu e as boas apresentações continuaram. “O professor Levir me deu todo o apoio para continuar no time, mas tenho a consciência de que o elenco do Atlético tem bons jogadores e tenho que continuar trabalhando e sempre mostrando um bom futebol”, acrescenta.
A presença constante na equipe também revelou uma outra faceta do meia: a artilharia. Ele tem quatro gols marcados no Brasileirão. “Com a liberdade de ir mais à frente, com a presença do Dagoberto, do Ilan, do Washington, acabo chegando próximo da área e tendo as oportunidades de marcar”, explica. E é justamente essa liberdade o maior diferencial entre as orientações do ex-treinador Mário Sérgio e Levir. “O Mário forçava mais na marcação, mas mesmo tendo um pouco mais de liberdade agora, também tenho que ajudar o time a marcar”, revela.
Para Marcão, a atuação em todas as partidas como titular é a prova de confiança do treinador, mas ele diz que, assim como Jádson, não pode relaxar. “Tenho que continuar treinando forte e cumprindo o que o professor pede”, analisa o lateral-esquerdo, que chegou no início do ano. Mesmo em alta com Levir, ele acabou sendo substituído em alguns jogos pelo reserva Ivan, mas revela o motivo. “Estava gripado e acabei não rendendo a mesma coisa. Ainda estou com um pouquinho de gripe, mas daqui para frente não vai ter mais problemas não”, destaca.
O rendimento abaixo do esperado chegou até a render alguns apupos da torcida na Baixada. “Assumo que, contra o Santos, não fui bem, mas com a mudança de treinador já estou habituado com o novo sistema, apesar das variações táticas”, assegura. Essas alterações podaram uma das preferências do jogador: ir à frente tentar o gol. “Eu prefiro estar mais próximo da área e buscar os gols, mas eu quero é jogar e vou me aplicar cada vez mais na posição que o professor me colocar”, diz.
Fabrício deve ir embora do Atlético. Muito frustrado
Enquanto uns se firmam na equipe do Atlético, outros começam a limpar o armário à espera da primeira oportunidade de deixar o CT do Caju. É o caso do meia Fabrício, 24 anos, que veio do América/MG trazendo consigo os títulos de melhor jogador de Minas Gerais, campeão estadual e da Copa Sul-Minas. Na Baixada, sentiu na pele a dificuldade em atuar pelo campeão brasileiro em meio a turbulências e sem oportunidades reais de se firmar no time. Clubes interessados em seu futebol não faltam, o que falta é ele ser chamado pela diretoria e comunicado sobre o que irá fazer daqui para frente.
Sua situação no rubro-negro é quase de abandono. Ele foi comunicado pelo treinador Levir Culpi que não está mais nos planos do clube e por isso não foi nem relacionado para a intertemporada em Águas de Lindóia/SP. “Não sou um produto para ser tratado assim”, desabafou. O treinador lhe contou que a direção o está negociando com outro clube e por isso não foi relacionado para as partidas nem para o período de concentração.
Para ele, é a hora de sair do Furacão e se valorizar em outra equipe. “Chegou a hora de buscar novos rumos, buscar meu espaço, começar a jogar e, quem sabe, voltar para cá numa situação em que eu possa voltar por cima”, projetou. O jogador tem propostas do Sport, Bahia e Brasiliense, além de uma sondagem do exterior.