Dunga nega ‘esnobar’ Campeonato Italiano e elogia Miranda

Dunga tem dito com alguma frequência que todos amadurecem na seleção e que ele próprio pensa diferente da forma com que tentou comandar o Brasil na Copa de 2010, na África do Sul. Algumas concepções do treinador, no entanto, não mudam e continuam direcionando sua maneira de pensar o futebol. Em entrevista para o jornal italiano Tuttosport, o técnico do Brasil, que se prepara para enfrentar a Argentina nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo da Rússia, defende conceitos básicos do que aprendeu na Itália, quando vestiu as camisas de Fiorentina, Pisa e Pescara. Dunga se pauta em campo por cautela, seriedade, comprometimento e diz não ter preconceito de nada.

O treinador fez questão de elogiar um jogador que representa muito sua maneira de ver o futebol: Miranda, a quem deu a braçadeira de capitão da seleção brasileira. Dunga ainda negou que não goste do estilo de jogo do Campeonato Italiano atualmente, apesar de dar poucas chances a atletas que atuam no país.

“Não é verdade que eu esnobo os brasileiros que atuam no Campeonato Italiano. O Miranda, por exemplo, é um líder da seleção. Eu sigo o campeonato. O problema é que no Brasil somos 200 milhões de pessoas, mas no fim só posso chamar 23”, brincou o treinador.

O que Dunga não esconde são suas preferências. Ele ressaltou que opta por laterais que saibam marcar. Tocou no assunto porque foi perguntado sobre os jogadores brasileiros que atuam na Juventus e Torino, Alex Sandro e Bruno Peres, respectivamente, além de comentar sobre Maicon, a quem elogiou.

“Para mim, um lateral deve ser antes de tudo um defensor, e não um atacante. Explico: ou você é um lateral ofensivo que faz sete gols em 10 partidas, ou prefiro um que defenda bem e ataque menos. Na direita, tenho Danilo e Daniel Alves. E ainda não me esqueci de Maicon”, afirmou.

Dunga ainda falou sobre outro brasileiro que atua na Itália. Ele entende que coloraram muita pressão sobre Hernane, que ocupou o lugar de Pirlo, na Juventus, a quem chamou de “lenda”. Perguntado sobre a qualidade do jogador, o treinador desconversou: “Quem deve responder isso é ele no campo, não eu”.

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