Terno sóbrio e um sorriso no rosto. Dunga veio a Curitiba para confirmar a cidade como ponto de partida da caminhada do Brasil na Copa do Mundo como um “assessor de luxo” do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, este a figura principal de todo o protocolo de ontem. Talvez por isso, o técnico da seleção brasileira estava muito tranquilo e não perdeu o bom humor nem mesmo quando foi questionado sobre sua “amargura”.
Dunga falou pouco com os jornalistas. Como é de praxe em eventos com Ricardo Teixeira, apenas cinco perguntas foram feitas. Numa delas, a questão de sempre: por que o treinador sempre está zangado? A resposta do treinador foi bem serena.
“Eu não estou zangado. Eu não estou amargurado. Nunca agredi pessoalmente ninguém, não sou grosseiro. O que acontece é que o jornalista chega, faz a pergunta e sai. E o treinador fica aqui. Estou consciente do meu trabalho, sempre fiz o que achei ser o melhor para a seleção brasileira. E o torcedor está vendo isso, porque reconhece em mim o mesmo cara que jogava e dava tudo pelo Brasil”, disse.
Ao final da rápida coletiva (vinte minutos entre a saudação do prefeito de Curitiba, Beto Richa, e a manifestação de despedida também feita por Beto), Dunga saiu rapidamente do Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem. Partiu célere para a van que o esperava. E deixou os acenos sorridentes para seu auxiliar Jorginho.