O técnico Dunga iniciou nesta segunda-feira o trabalho de preparação da seleção brasileira para a Copa América Centenário procurando ignorar a pressão que sofre. Com a equipe mal das pernas nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, os rumores de que pode perder o cargo em caso de má campanha nos Estados Unidos são constantes, mas o treinador encara a situação com naturalidade.
Questionado sobre o assunto na coletiva realizada esta tarde de segunda-feira (noite no Brasil) antes do treinamento no StubHub Center, em Los Angeles, Dunga deu uma resposta que está se tornando padrão nessas ocasiões. “Na seleção, sempre vai existir pressão pelo resultado. Mas a maior cobrança é entre nós (comissão técnica e jogadores), pelo que pode render, a capacidade de cada um”, disse. “Isso (de pressão) não tem novidade. Todos treinadores que aqui passaram responderam essa pergunta.”
Dunga não acredita que os adversários da seleção brasileira na primeira fase da Copa América – Equador, Haiti e Peru – possam facilitar a tarefa do time de apresentar um futebol competitivo e ao mesmo tempo agradável de se ver. Entende que o Brasil tem tudo para se impor, mas não sem muita luta.
Na teoria, apenas o Equador, que faz boa e surpreendente campanha nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia, daria algum trabalho. Dunga, porém, considera que não é assim. “O futebol tem mostrado que não há jogos fáceis. Todos são difíceis. As seleções melhoraram bastante. Quando as seleções jogam entre elas, pelo que apresentam parece que será fácil para o Brasil. Mas quando enfrentam a gente eles têm uma motivação diferente”, disse.
Por isso, Dunga vai tentar incutir nos jogadores da seleção a necessidade de encarar cada partida como decisiva. “Vamos disputar cada jogo como uma final. Temos de estar muito atentos, mais concentrados e nos empenharmos mais.”