Dunga diz ‘só temer a morte’ ao comentar risco de demissão, mas deverá cair

A desclassificação na primeira fase da Copa América deve definir o final da segunda passagem de Dunga pela seleção brasileira. Antes da competição, a CBF considerava que o torneio seria uma espécie de última chance. Chegar às quartas de final era a meta mínima. Fontes ligadas à CBF indicam que não haverá clima para a continuidade. A última vez que o Brasil havia sido eliminado na primeira fase de uma Copa América foi em 1987.

O treinador afirmou que o imponderável definiu a desclassificação – o gol do Peru foi marcado após toque de mão – e não teme ser demitido. “Só temo a morte. No Brasil, nós queremos que tudo se resolva em um ou dois anos. Tem de ter paciência para reformulação e persistir no trabalho”, disse o treinador. A saída iminente de Dunga prejudica o planejamento para a Olimpíada.

No dia 29 de junho, o treinador deveria convocar o time olímpico. Dunga fala em continuidade. “Sem dúvida, a (busca pela) medalha vai ser uma pressão. O Brasil nunca venceu. Quando se tem uma derrota vai ter a cobrança. Tenho certeza de que o torcedor viu como foi eliminado. O Brasil não foi eliminado no futebol”, diz, referindo-se novamente ao gol ilegal. “Uma solução se encontra na continuidade. O presidente sabe do trabalho. Sabemos das cobranças. Não tendo o resultado, a tendência é que a cobrança aumente”, afirmou.

Assim que o árbitro apitou a final da partida, praticamente todos os jogadores abaixaram a cabeça. Com a cabeça baixa, não conseguiam compreender a primeira derrota para o Peru em 41 anos. “Tentamos de tudo, mas a bola não quis entrar”, disse o capitão Miranda.

Naquele que deve ser seu último jogo como treinador do time nacional, Dunga pecou pela falta de iniciativa nas substituições. Ele trocou apenas Gabriel por Hulk e não fez duas alterações. Na queda da Copa de 2010, Dunga agiu da mesma forma. “Não fizemos as alterações porque o time estava encaixado”, afirmou.

Embora tenha conseguido fazer uma “limpeza” na equipe que fez uma campanha vexatória na Copa do Mundo – nenhum titular da equipe que perdeu por 7 a 1 foi escalado na partida contra o Equador -, Dunga levou o Brasil ao sexto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018.

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