Rio – O campeonato mundial da classe Star, que começa hoje, no Rio da Prata, em Buenos Aires, marca o primeiro desafio entre os bicampeões olímpicos Torben Grael e Robert Scheidt. Torben conquistou duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta-1996 e Atenas-2004) na Star e Scheidt subiu no alto do pódio também em Atlanta e Atenas, mas na classe Laser.
Sem adversários para competir em sua antiga classe, Scheidt optou, logo após os Jogos Olímpicos da Grécia, por mudar de classe, até mesmo como uma forma de voltar a ter um novo desafio. Ao lado de Bruno Prada, ele pretende desbancar Torben e Marcelo Ferreira, os grandes papa-títulos da Star.
"Os favoritos já estão todos aqui. Além do Torben e do Marcelo, teremos pela frente os suecos Fredrik Loof e Anders Ekstrom, campeões mundiais de 2002, e os ingleses Iain Percy e Steve Mitchell, entre outros", contou Scheidt, que ficou com o vice-campeonato sul-americano da classe, disputado em janeiro, na mesma raia onde acontecerá o mundial.
Os campeões continentais foram Lars Grael e Marco Lagoa. Outras seis duplas brasileiras vão disputar a competição. São elas: Gastão Brun/Ubiratan Oliveira, John King/Daniel Santiago, André Mirsky/Marco Aurélio Sá Ribeiro, Marcelo Fuchs/Fábio Kraiczyk, Peter Ficker/Marcelo Jordão e Alessandro Pascolato/Ronald Seifert.
Dono de 117 títulos na carreira e vencedor de sete das últimas nove edições do campeonato mundial da classe Laser, Scheidt aposta na regularidade para conseguir um bom resultado na capital argentina.
"O Rio da Prata tem um regime de ventos bastante instável e uma correnteza irregular. Será importante identificar todas essas variáveis e ter muita atenção", argumentou Robert.
Segundo ele, o objetivo é terminar a competição entre os 15 primeiros lugares. "É difícil dizer, mas ficaremos satisfeitos se terminarmos a competição entre os 15 primeiros colocados dos mais de 60 inscritos. Mas não haverá cobrança própria se isso não acontecer", garantiu.
Scheidt e Prada estão treinando no local do mundial desde terça-feira. "Estamos preparados e, ao mesmo tempo, animados. Velejamos por três dias e encontramos ventos mais fortes e calor menos intenso do que no sul-americano, em janeiro. Não está tão quente e as condições de vento estão melhores", contou Robert, que participou ontem da regata de abertura, que foi apenas festiva e não contou pontos para a competição.
O Mundial de Buenos Aires começa oficialmente às 16h (de Brasília), mesmo horário das outras cinco provas, programadas para amanhã, segunda-feira, terça, quinta e sexta. A quarta-feira é reservada para descanso, enquanto os dias 19 e 20 ficam de reserva. Cada dupla terá direito a um descarte.
