Os fãs de Fórmula 1 já sabem que vão acompanhar nesta temporada o esperado tira-teima de dois grandes concorrentes nas pistas. O GP do Bahrein, cuja largada está marcada para as 12 horas deste domingo (de Brasília), será apenas a terceira etapa do pega pessoal entre o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, e o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari. Os dois maiores campeões em atividade na categoria (são sete títulos juntos) vão ter, pela primeira vez, uma disputa de confronto direto. Ambos vão se buscar pelo retrovisor a cada curva nas 20 corridas do ano.

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O inglês é tricampeão e pode, ao fim do Mundial, igualar o tetra do rival alemão. Nas duas provas anteriores, eles se revezaram no pódio. Sebastian Vettel festejou uma vitória e um segundo lugar. Lewis Hamilton, um segundo lugar e uma vitória. Os GPs da Austrália e da China deram a letra da disputa. Ambos estão empatados com 43 pontos e vão para a primeira prova noturna para desempatar esta conta.

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A briga entre os dois servirá como um acerto de contas tardio. Entre os concorrentes do grid, nenhum supera Lewis Hamilton e Sebastian Vettel em números de títulos, pole positions, vitórias, pontos e voltas na liderança. Os dois pilotos estrearam na categoria no mesmo ano, em 2007, e uma década depois se dividem nos papéis de protagonistas.

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A carreira do inglês e do alemão consistiu, muitas vezes, em derrubar feitos um do outro. Em 2008, ano do primeiro título, Lewis Hamilton se tornou o campeão do mundo mais jovem da Fórmula 1 aos 23 anos e nove meses, posto que perderia em 2010, quando Sebastian Vettel ganhou a temporada com 23 anos e quatro meses de idade. Por outro lado, a hegemonia de quatro títulos seguidos de Vettel, entre 2010 e 2013, acabou em 2014 com a conquista do rival inglês.

A própria temporada de 2017 já representa uma quebra de paradigmas para os dois. Após três anos de disputa interna na Mercedes, com Lewis Hamilton e o alemão Nico Rosberg, a categoria volta a ter como adversários dois pilotos de escuderias diferentes. “As duas equipes estão muito próximas em termos de ritmo e eu espero uma espécie de ‘pingue-pongue’ de vitórias ao longo da temporada, de acordo com as pistas. Será empolgante para todo mundo”, comentou o diretor da Mercedes, Toto Wolff, referindo-se à força da Ferrari.

Tamanha igualdade entre os dois se repete no retrospecto no Bahrein. Cada um teve duas vitórias e duas pole positions nas edições anteriores do GP. Pelo menos em pódios, a vantagem é do piloto inglês, com cinco contra três do alemão.

ESCUDEIROS – Nesta disputa direta, quem pode ajudar a decidir o título são os respectivos companheiros de time. Curiosamente, os dois “escudeiros” tem muito em comum. O finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes, se apresenta em seu país como o sucessor natural do compatriota Kimi Raikkonen, da Ferrari, embora estejam longe de ter um bom relacionamento. O principal desentendimento deles ocorreu na Rússia, em 2015, quando Raikkonen bateu em Bottas já no fim da prova.

Os finlandeses vivem um ano decisivo, já que para o novato correr na Mercedes representa a primeira grande chance de ter um carro competitivo e com chance de vitórias. Valtteri Bottas é considerado talentoso e fez bons campeonatos pela Williams, mas ainda precisa chegar ao lugar mais alto do pódio para se firmar. Para o veterano de quase 39 anos, o ano pode ser o último na Fórmula 1. Kimi Raikkonen foi campeão pela Ferrari em 2007.