Atual bicampeão mundial indoor do salto em distância, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, corre sério risco de não ter a oportunidade de brigar pelo tricampeonato consecutivo em Portland, nos Estados Unidos, na segunda quinzena de março. O saltador de 29 anos ainda não tem índice para a competição – nem para os Jogos Olímpicos – e teve atrasada a preparação para a temporada. Ainda se recuperando de uma sequência de lesões, ele ainda obter a qualificação.

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“Eu tive um desgaste na articulação e precisei tirar um fragmento de cartilagem que soltou e que incomodava muito no joelho do salto, o esquerdo. A cirurgia foi em julho e, depois disso, fiz a recuperação de dois meses. Em setembro, já estava voltando aos treinos. Aí, fiquei em um mês de folga e no fim de outubro eu já estava voltando a treinar”, conta Duda.

Só que, em janeiro, o saltador teve mais uma lesão. “Ele estava em uma forma extraordinária. Aí sentiu uma dor na panturrilha em um treinamento técnico. Fizemos tratamento, tivemos que tirar a parte de saltos da preparação e só agora estamos retomando”, lembra o técnico do saltador, Aristides Junqueira, o Tide.

A volta às competições foi no domingo, quando Duda saltou 7,83m para ficar no segundo lugar de uma competição regional promovida pela Federação Paulista de Atletismo (FPA). Pouco para quem ganhou títulos mundiais com saltos de 8,23m e 8,28m, mas um início de ano promissor para quem só saltou acima de 8 metros uma vez no ano passado inteiro e vinha de lesão.

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Nesta etapa da temporada, a meta de Duda é a classificação para o Mundial Indoor, que começa dia 18 de março. Para isso, ele precisa saltar 8,18m nas próximas semanas. Sem viajar ao exterior, o brasileiro vai competir em mais dois eventos regionais no ABC, um indoor (em São Caetano do Sul, dia 27), outro a céu aberto (dia 6, em São Bernardo do Campo). “É possível. Se não fosse uma certa irregularidade na corrida, ele já podia ter acontecido agora, no último fim de semana”, avalia Tide.

“Olhando para o último mês, o que fiz de treinamento para saltar 7,83m não foi o ideal. Eu devo ter feito só uns sete saltos antes de competir. Mas nos treinos já deu para ver que estou bem perto dos oito metros. Na competição, fiz alguns saltos que devem ter chegado a isso. Mas como faltavam alguns ajustes, os saltos não valeram. Foram queimados. Mas já na próxima competição eu espero saltar acima de oito. Vamos ver como vou estar no dia. Não posso me preocupar muito, senão o índice não sai”, opina Duda, que foi sétimo colocado nos Jogos Olímpicos de Londres e pensa primeiro no Mundial e só depois quer se concentrar no índice olímpico para o Rio-2016.

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