São Paulo – Enquanto conselheiros da oposição faziam escândalo prometendo entrar na Justiça para tentar travar a parceria, o presidente Alberto Dualib e o representante da MSI, Kia Joorabchian, davam gargalhadas na madrugada de ontem no Parque São Jorge. Tomando champanhe e tirando fotos abraçados eles não só comemoravam a parceria de dez anos como já começavam a planejar o supertime do Corinthians de 2005.

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"Vamos juntar o Tevez, o Vanderlei Luxemburgo e quem mais ele escolher. Vamos formar uma seleção. O Corinthians será o number one da América do Sul, number one", repetia empolgado o iraniano Joorabchian.

O técnico Tite, que afirmou que sairia do clube assim que a parceria fosse fechada, treinou o time ontem e não deu declarações sobre sua possível saída. O diretor de futebol, Paulo Angioni, por sua vez, está otimista com a possibilidade de o treinador não abandonar o barco tão cedo. "Ele deu garantia de que cumpriria o contrato até o fim do ano", declarou.

Angioni ainda não tinha sido comunicado oficialmente, até o fim da tarde de ontem, sobre a aprovação da parceria. "Fiquei sabendo tudo pela imprensa. O que realmente vai ocorrer no Corinthians, eu não sei. Espero a decisão para me posicionar." Enquanto isso, segue trabalhando normalmente. "A equipe tem uma boa base e temos tempo suficiente para buscar reforços. Sem afobação", declarou Angioni.

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A MSI, assim que assumir o comando no Parque São Jorge, não só escolhe o novo diretor de futebol como promete trazer reforços de peso. Se o iraniano promete trazer vários craques e deseja anunciar o argentino Tevez o mais rápido possível, Angioni é menos pretensioso. "Não vejo essa necessidade em trazer vários grandes atletas."

Confiança

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Dualib não se mostra preocupado com a reação da oposição, que na semana que vem entra com duas ações judiciais tentando anular a votação de ontem. "Se a oposição for para a Justiça, o máximo que vai conseguir é que a reunião do conselho siga onde parou. Ou seja: ganhamos no Cori (Conselho de Orientação). Lá foi a decisão. No Conselho Deliberativo estamos bem. Ganharemos com mais de 80% de vantagem", calculava o presidente.

O dirigente queria saber de marcar o mais rápido possível a data da assinatura do documento. A princípio, a chance é que aconteça no dia 1.º de dezembro.