O que há alguns anos parecia inimaginável ocorreu ontem no Atlético, após o treinamento da manhã, antes do embarque da delegação para o confronto contra o Ceará, sábado, em Fortaleza. Cutucado sobre a classificação do Coritiba para a final da Copa do Brasil, o técnico Ricardo Drubscky admitiu, nas entrelinhas de sua declaração, que o rival hoje é modelo para o Furacão. “O Coritiba está em outro estágio de apresentação. O Coxa vem de algum tempo de estabilidade tática e o Atlético vem buscando esse equilíbrio e não tem conseguido”, disse o treinador.

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Drubscky reconheceu também que o sucesso do rival coloca pressão sobre o Atlético. “Isso é uma coisa que vem de fora para dentro, mas não temos como fugir dessa realidade. Onde tiver essa rivalidade vai haver esse tipo de pressão”, afirmou o treinador, que com uma semana de Atlético sabe que um bom resultado contra o Ceará é fundamental para tirar o peso que instalado sobre os ombros dos jogadores depois da derrota para o CBR (0 x 2) e do empate por 0 x 0 contra o Goiás.

Mas não é apenas a equipe e a comissão técnica que terão de carregar uma carga extra a partir do sucesso do rival Coritiba. A diretoria também. No sábado passado, ela já experimentou a insatisfação da torcida no estádio Caranguejão, quando o presidente do conselho deliberativo, Antônio Carlos Bettega, foi cercado por rubro-negros, em Paranaguá. Além disso, o presidente Mário Celso Petraglia, um contumaz usuário das redes sociais, também desativou recentemente suas contas no Twitter e no Facebook.

Para minimizar o momento, Drubscky se apega ao fato de que a presença o Coritiba na final da Copa do Brasil pela segunda vez consecutiva ajuda a alicerçar o crescimento do futebol paranaense. “Torcemos para o futebol do Paraná, e se Atlético e Coritiba estiverem bem, isso fortalece o futebol do Estado”, afirmou, sem se preocupar em sofrer represális pela declaração.

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