No dia 13 de junho de 2012, em coletiva de imprensa organizada no CT do Caju, Ricardo Drubscky era apresentado oficialmente como treinador da equipe profissional do Atlético. Dez dias, e duas partidas depois, por causa de um empate contra o Goiás e de uma derrota para o Ceará, o técnico, que passou dois anos como coordenador das categorias de base do Rubro-Negro, foi remanejado para a condição de auxiliar de Jorginho, que caiu nove rodadas depois e abriu caminho para Drubscky se firmar no cargo. A ponto de hoje ele estar estabelecendo um recorde dentro do clube, neste século: é o primeiro técnico, desde 2001, a durar um ano no Furacão – descontado o hiato da breve passagem de Jorginho.
Drusbscky tem se valido, é verdade, da política adotada pelo Atlético na atual temporada. O elenco principal não disputou o Campeonato Paranaense e o técnico ficou cinco meses apenas treinando seu time. Até agora, disputou somente oito partidas oficiais em 2013. Mesmo assim, sofreu pressão após os empates contra Cruzeiro e Flamengo – ambos por 2 x 2. Mas sobreviveu e está ultrapassando a marca de Oswaldo Alvarez, o Vadão, que entre 2006 e 2007 comandou o Rubro-Negro por 11 meses. Neste um ano, Ricardo Drubscky contabiliza o seguinte retrospecto em jogos oficiais: 18 vitórias, 10 empates e 5 derrotas.
Antes de o treinador mineiro comandar o Furacão, a média de permanência de um técnico no Atlético era de aproximadamente quatro meses e meio de trabalho. Na era Mário Celso Petraglia, que já soma 14 anos, houve 42 trocas de treinadores. Além de Drubscky e Vadão, Ney Franco (9 meses, entre 2007 e 2008) Geninho (9 meses, entre 2008 e 2009) e Mário Sérgio (8 meses, entre 2003 e 2004) também foram exceções nessa alta rotatividade.