Aposentado desde 2016, Michael Phelps perdeu mais um recorde mundial nesta sexta-feira. Desta vez, o responsável por derrubar mais uma grande marca do norte-americano foi o compatriota Caeleb Dressel na prova dos 100 metros borboleta, uma das preferidas de Phelps, no Mundial de Esportes Aquáticos, em Gwangju, na Coreia do Sul.

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Maior destaque individual da competição até agora, Dressel impôs nova marca na prova ainda na disputa das semifinais, nesta manhã (pelo horário de Brasília). Ele anotou o tempo de 49s50, superando os 49s82 registrados por Phelps há dez anos, no Mundial de Roma-2009, ainda na era dos supermaiôs, os trajes tecnológicos que foram banidos no ano seguinte.

Com o feito, Dressel aumentou ainda mais o seu favoritismo para buscar o seu quarto ouro na Coreia do Sul e sua quinta medalha na competição. Antes, ele fora campeão mundial dos 50m borboleta, dos 100m livre e do revezamento 4x100m livre.

Foi o segundo recorde de Phelps que caiu neste Mundial. Na quarta, o húngaro Kristof Milak, de apenas 19 anos, derrubou o tempo da lenda da natação nos 200m borboleta. Ele anotou 1min50s73, superando o 1min51s51 registrado por Phelps também em 2009. “Tiro o meu chapéu para ele”, comentou o supercampeão da natação, no mesmo dia.

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Esta mesma semifinal do 100m borboleta contou com a presença do brasileiro Vinicius Lanza, que não conseguiu avançar à final. Ele registrou apenas o 12º melhor tempo, com 51s92 – somente os oito melhores vão à disputa por medalha.

O recorde de Dressel não foi o único do dia. A também norte-americana Regan Smith quebrou a marca dos 200 metros costas, na fase de semifinal, assim como Dressel. A nadadora de apenas 17 anos completou a prova em 2min03s35, derrubando recorde que pertencia à compatriota Missy Franklin, responsável por anotar 2min04s06 em 2012.

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Na sequência, o russo Anton Chupkov impôs nova marca mundial nos 200 metros peito ao completar a prova em 2min06s12. Bicampeão, ele desbancou o australiano Matthew Wilson, que anotou 2min06s68 e faturou a prata, mas havia igualado o então recorde mundial na semifinal. O bronze foi para o japonês Ippei Watanabe, com 2min06s73.

Foi o sétimo recorde mundial deste campeonato. Além das boas performances de Dressel, Smith, Milak, Chupkov e Wilson, o revezamento feminino da Austrália definiu nova marca para o 4x200m livre e o britânico Adam Peaty impôs o recorde nos 100m peito.

OUTROS RESULTADOS – Em dia em que a natação dos EUA exibiu reação, após decepcionar nas provas anteriores, Simone Manuel faturou o bicampeonato dos 100 metros livre, com novo recorde das Américas e a terceira melhor marca da história: 52s04. Simone é também a atual campeã olímpica da prova.

Nesta sexta, a australiana Cate Campbell levou a prata, com 52s43, e a sueca Sarah Sjoestroem, atual recordista mundial da prova, ficou com o bronze – 52s46.

Outro destaque do dia foi a russa Yuliya Efimova, que se tornou tricampeã mundial dos 200 metros peito nesta sexta, com 2min20s17, sem contar com a concorrência e rivalidade da norte-americana Lilly King – ela foi desclassificada nas eliminatórias. A sul-africana Tatjana Schoenmaker levou a prata, com 2min22s52, sendo seguida pela canadense Sydney Pickrem, com 2min22s90.

Nos 200 metros costas masculino, o russo Evgeny Rylov se sagrou bicampeão mundial ao completar a distância em 1min53s40. O americano Ryan Murphy chegou em segundo lugar, com 1min54s12, seguido do britânico Luke Greenbank, medalhista de bronze, com 1min55s85.

No revezamento 4x200m livre, o ouro foi para a Austrália, com 7min00s85. O time campeão mundial foi composto por Clyde Lewis, Kyle Chalmers, Alexander Graham e Mack Horton. A Rússia faturou a prata, com 7min01s81 e os EUA levaram o bronze, com 7min01s98. O Brasil chegou em sétimo lugar, com 7min07s64.

POLO AQUÁTICO – Hesitante na natação, os Estados Unidos brilharam no polo aquático feminino nesta sexta. O time faturou seu sexto título mundial ao derrotar a Espanha na final por 11 a 6. Foi ainda a terceira conquista seguida das norte-americanas no Mundial de Esportes Aquáticos.