Apresentado como um dos reforços do Joinville para a temporada 2015 (junto com Bruno Furlan, outro atleticano), o zagueiro Dráusio foi devolvido pelo time catarinense ao Atlético no final da semana passada. Titular do Furacão em dois jogos da Copa Libertadores do ano passado, o defensor de 23 anos frustrou-se com o desacerto e se apresentou para reiniciar seu trabalho no CT do Caju. Ele vai treinar em separado do grupo principal até que seus representantes e a diretoria atleticana entrem num acordo.

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O empresário de Dráusio, André Cury, lamentou os entraves criados pelo Furacão que impediram a concretização do negócio. Para realizar o empréstimo, o Rubro-Negro exigiu a renovação de contrato de Dráusio por mais uma temporada. O vínculo atual termina no meio deste ano. O problema foi que os valores oferecidos pelo clube ficaram muito aquém do que esperavam o jogador e seus representantes.

“São valores interessantes só para eles, não para nós”, afirmou Cury. “Se quiserem apenas emprestar para o Joinville, sem renovar, para nós, tudo bem”, acrescentou. Para o presidente do JEC, Neuri Martinelli, o jogador precisa resolver esses problemas para voltar a ser uma opção. “Estamos aguardando. Já não sei se ele interessa ainda, pois não falei com a comissão técnica. Vamos esperar um novo posicionamento”.

A proposta do clube catarinense agradou o jogador e seus representantes. O problema, segundo Cury, foi o que o Atlético ofereceu. “O JEC oferece mais do que o dobro do que ele recebe atualmente no Atlético. Não podemos aceitar isso dessa maneira”. O empresário fez uma proposta de renovação ao Rubro-Negro. “Pedimos um valor até abaixo do mercado, mas eles querem um negócio que só existe aí”.

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A crítica de Cury vai além. Para o empresário, o Furacão tem se notabilizado por arrumar inimizades no mercado da bola pelas condições e ofertas que propõe. “Vou tentar conversar com alguém aí. O Márcio Lara ou o Petraglia. Há muito tempo não tá certo o que acontece aí. Por isso jogadores vivem saindo chateados”. O clube, no entanto, tem uma política já conhecida e um teto salarial limitado.

A reportagem solicitou ao Atlético um posicionamento sobre a negociação frustrada, mas não obteve retorno. O jogador seguirá treinando em separado até que a diretoria decida o que fazer. O Joinville saiu de cena para manter o bom relacionamento entre os clubes.

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