Edu Dracena ouviu calado as críticas à defesa do Santos pelos cinco gols sofridos diante do Prudente (dois) e São Caetano (três), na semana passada, mas depois da vitória por 2 a 0 no clássico contra o São Paulo, no último domingo, desabafou. “É preciso acabar esse estigma que o nosso ataque é muito bom e a defesa, muito ruim”, rebateu o zagueiro, nesta segunda-feira, no Centro de Treinamento Rei Pelé.
Apesar de o Santos novamente realizar campanha irrepreensível no Campeonato Paulista, com a soma de 13 pontos em 15 possíveis, ele demonstrava tristeza e não escondia mágoa por tudo o que ouviu até domingo sobre a atuação zaga. “Eu e Durval não chegamos aqui por acaso. É só pegar o currículo de cada um para ver. Eu só peço sabedoria e coerência de quem julga os jogadores”.
Para Edu Dracena, quem critica as atuações da defesa santista não acompanha o dia a dia do clube. A três meses de completar 30 anos e com uma carreira vitoriosa, ele diz não precisa provar mais nada para ninguém. “Devemos satisfação ao nosso técnico e à diretoria. Conheci Adilson como grande zagueiro que foi e nos poucos dias que estou convivendo com ele, percebi que é um treinador de caráter e que confia no nosso futebol. Tanto que o Santos contratou reforços para várias posições, menos para a zaga”.
Os elogios ao treinador tem sentido. Antes do jogo contra o São Caetano, Adilson fez experiências com Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar e deu pistas de que poderia escalar o time com três zagueiros, mas depois do empate (3 a 3) mudou de postura e saiu em defesa dos seus zagueiros.
A confirmação da equipe com apenas dois zagueiros – mas, com Rodrigo Possebon fazendo o papel de terceiro -, no clássico de domingo foi uma demonstração de confiança. “Eventualmente errar o posicionamento e sofrer gol acontece com todas as equipes. A única coisa que mudou no jogo de domingo foi que o time inteiro jogou bem”, concluiu Edu Dracena.