Foto: Arquivo |
O goleiro Edson Bastos está invicto há 459 minutos, mas garante que isso é o que menos importa. continua após a publicidade |
Não é porque o time vem de três goleadas seguidas, quatro vitórias na sequência e não leva gols há cinco que tudo está bem no Coritiba. Este é o pensamento de jogadores e comissão técnica, que não querem subir num salto alto e deixar para trás o bom momento.
A idéia é manter o trabalho e continuar buscando o melhor futebol para quando o time tiver provas de fogo, como a partida das 16h de amanhã contra o Cascavel no Olímpico Regional. ?O time está caminhando para isso, mas ainda não encontramos aquilo que queremos. Estamos um pouco longe?, pondera Dorival Júnior, o treinador alviverde.
De acordo com ele a equipe vem evoluindo e isso deve ser ressaltado. ?Estou muito satisfeito com a maneira que a equipe vem se comportando nessas últimas apresentações, mas para mim ainda é muito pouco porque você não pode mensurar o potencial de um grupo por três ou quatro jogos?, ressalta. Para ele, os ótimos resultados e as goleadas não podem esconder os erros. ?Assim como anteriormente vinham acontecendo resultados inexpressivos e você não deveria entrar numa situação de desespero?, avalia Júnior, que sempre repetia o pedido de tempo para engrenar o Alviverde.
No entanto, uma coisa ele voltou a ressaltar: o time precisa de mais jogadores e de mais qualidade. ?Necessitamos de muita coisa a ser corrigida e precisamos ainda de alguns elementos que venham reforçar esse grupo?, avisa. Por enquanto, a diretoria tem colocado em banho-maria a procura por contratações. Um meia e um atacante eram as prioridades, mas os jogadores do elenco têm mostrado que estão voltando a uma boa fase e isso pode mudar as pretensões do Coxa, que já pode contar com o lateral-direito Marcos Tamandaré, já que o clube conseguiu, depois de vários dias, regularizar a papelada.
Com ou sem novos jogadores, o goleiro Edson Bastos pede muita tranqüilidade nessa hora com a sequência de jogos do Coritiba. ?Devagar, com muito sacrifício e muita entrega estamos buscando sempre a perfeição e o melhor rendimento. Faltava um pouco de confiança e aos poucos fomos recuperando isso?, diz o arqueiro, que soma 459 minutos sem levar gols. Mas ele não gosta muito da pressão que esses números acarretam. ?Temos que manter o trabalho e respeitar os adversários. Não estou aqui para bater recordes, mas jogar com seriedade e buscar títulos para o Coritiba?, finaliza Bastos.
Treinador tem duas dúvidas
O zagueiro Jéci e o lateral-esquerdo Rubens Cardoso viajaram para Cascavel, mas ainda não sabem se entrarão ou não em campo amanhã no Olímpico Regional. Ambos estão sentindo dores e estão em fase de tratamento médico. Se eles treinarem hoje, garantem a posição. Caso contrário, o técnico Dorival Júnior já definiu os substitutos: na defesa Nenê e na lateral Ricardinho. No restante da equipe, nenhuma alteração deverá ser feita. A delegação, que viajou ontem para o oeste do Estado, faz um trabalho no período da tarde em local a ser definido pelo departamento de futebol.
A maior preocupação é o zagueiro Jéci. Na partida de quarta-feira, contra a Tuna Luso, ele sentiu um desconforto no joelho direito e teve que ser substituído. Ontem, ele chegou a treinar no gramado do Couto, mas foi substituído por Nenê na maior parte do tempo. Ele foi submetido a uma bateria de exames, mas o diagnóstico ainda não saiu e por isso ele seguiu viagem com o restante dos jogadores. O mesmo vale para Rubens Cardoso, que nem treinou. Ele estava com dores musculares e foi poupado da prática, mas está concentrado também e pode ser escalado.
Além dessas possibilidades, a de Nenê e Ricardinho serem as novidades, Júnior relacionou também o recém contratado Marcos Tamandaré para ficar no banco. Assim, o pernambucano, que disse estar procurando ainda um lugar ao sol no futebol brasileiro, tem a possibilidade de estrear já contra o Cascavel. Depois da partida contra a Cobra, a delegação permanece no oeste e faz os treinamentos antes de seguir para Londrina, onde enfrenta o time da casa na quarta-feira, também pelo Campeonato Paranaense.
Patrocínio – O Coritiba ainda está à procura de uma empresa para estampar a marca na camisa alviverde. No entanto, o clube quer valorizar mais a exposição que dará a quem quiser ser parceiro e não vai vender o espaço por mixaria. Por isso, algumas marcas que sobraram do ano passado foram expurgadas da camisa, que fica ?lisa? até a assinatura de um contrato vantajoso. O uniforme, por sinal, deve mudar em breve. A empresa que comprou o direito de fornecer o material já anunciou que vai mudar a marca (Diadora por Lotto) e, consequentemente, um novo desenho deverá ser mostrado para as camisas alviverdes.