Casamento entre técnico e clube no Brasil é eterno apenas enquanto dura, mas no caso de Dorival Júnior ele prefere prolongar o convívio com o Coritiba por mais tempo. Depois das especulações no Santos e no Internacional, ele prefere não entrar na dança das cadeiras que fez com que sete equipes trocassem de comando em apenas quatro rodadas do Campeonato Brasileiro. O treinador, no entanto, sabe que trabalho a longo prazo só sobrevive com bons resultados. Caso contrário, a união acaba e a fila anda, mas isso não deve acontecer no Alto da Glória. Pelo menos, por enquanto.
?Nós defendemos a permanência do treinador para que possa fazer um trabalho a médio e longo prazo, mas com três, quatro derrotas esse mesmo treinador passa a ser questionado e não serve mais?, analisa Júnior. Na visão dele, esse troca-troca só atrapalha. ?Essa insegurança no futebol brasileiro é muito grande e agrava a maioria dos profissionais e dos clubes. Num levantamento feito nos últimos anos as equipes que conseguiram alguma coisa foram as que mantiveram um trabalho?, aponta.
E é esse trabalho que ele pretende manter no Coxa. Assim, a não ser que o Colorado apresente uma proposta irrecusável em termos salariais e um projeto para se fazer um bom trabalho, Júnior não deverá sair do Alto da Glória. Mas vida de treinador sempre muda e o fato de o time estar há três partidas sem vencer já incomoda alguns torcedores, mesmo que as vitórias não tenham vindo devido a erros grosseiros da arbitragem.