Após ver o seu time garantir a vitória por 3 a 2 sobre o São Paulo com um gol no final do jogo, na semifinal do Campeonato Paulista, no Morumbi, o técnico do Santos, Dorival Júnior, disse que seu time sofreu um certo desequilíbrio emocional e que o resultado mais justo neste domingo seria o empate.
“Sem dúvida, seria o mais justo. Não tenho dúvidas disso. Mas, talvez, por tudo o que fizemos ao longo do campeonato – que foi muito positivo -, merecemos ter um pouco de sorte”, analisou o treinador, referindo-se ao gol de Durval, marcado aos 45 minutos da etapa final.
Dorival admitiu que o São Paulo inverteu a lógica. Ou seja, ele esperava que o rival, perdendo por 2 a 0 e com apenas 10 jogadores em campo, não tivesse força suficiente para reagir no duelo. “Mas a única explicação plausível foi a bela apresentação do São Paulo. Eles foram muito valentes, tiveram volúpia e, em nenhum momento, pareciam ter um jogador a menos. Às vezes, pareciam ter um a mais”, elogiou. “Eles inverteram o processo da partida e até chegaram a merecer o terceiro gol.”
Diante da atuação são-paulina, Dorival preferiu não comemorar a vantagem do jogo de volta – que já era de um empate e, agora, foi ampliada para uma derrota por um gol de diferença. “Essa história de vantagem é relativa. Vimos o poder de reação do São Paulo. Além disso, em um clássico, a sorte está lançada.”
Para completar, Dorival Júnior, assim como Ricardo Gomes, não aprovou o método de distribuição de cartões do juiz Marcelo Rogério. Para o técnico santista, o critério não foi o mesmo para as punições. Por isso, concordou com os protestos que seus jogadores faziam a cada cartão amarelo.
“Eu entendo a reclamação deles. Houve falta de critério e isso complica. Em jogadas semelhantes, a punição não foi a mesma”, afirmou. “O Miranda fez umas seis faltas seguidas e nós levamos quatro cartões em 15 minutos.”
