“Não temos um banco de reservas, mas sim um banco de reforços que podem entrar e fazer toda a diferença”. Poucos treinadores brasileiros tornaram essa frase uma realidade no campo de jogo. Normalmente desenha-se um time base e altera-se quando as circunstâncias exigem, ou em casos de insucesso de um ou outro escolhido. A frase acima foi dita pelo técnico Doriva, novo comandante do Atlético após o primeiro jogo-treino da equipe nesta intertemporada (partida vencida pelo Furacão por 2×1, gols de Marcos Guilherme e Mosquito). Na prática será esse o lema do treinador?

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O time colocado em campo contra o Metropolitano-SC na sexta-feira ainda teve a cara de Leandro Ávila. Weverton; Sueliton, Dráusio, Léo Pereira e Willian Rocha; João Paulo e Otávio; Dougkas Coutinho, Bady e Marcos Guilherme; Ederson. Detalhe para três alterações forçadas, já que Natanael e Deivid cumprem suspensão automática contra o Flamengo (dia 16, no Rio de Janeiro) e Marcelo segue em fase final de recuperação de uma lesão (além de estar envolvido em uma negociação com o Corinthians, podendo, inclusive, não mais vestir camisa atleticana). Neste ano o Atlético já pôs em campo 45 jogadores diferentes.

Os trabalhos que terá daqui pra frente serão determinantes para que possamos conhecer o Atlético de Doriva. “Os amistosos são importantes para fazermos leituras de todos atletas do elenco para gente, com inteligência e sabedoria, escolher a equipe que vai representar o grupo em campo. Gosto de salientar que todos tem a mesma importância”, disse o treinador. “Semana que vem temos outro treino deste tipo e vamos ver outros atletas que temos no elenco, já que temos um grupo numeroso”. Neste momento de reformulação do grupo os trabalhos são ainda mais importantes.

O primeiro jogo-treino agradou. Para Doriva a movimentação foi boa e produtiva. Outro trabalho semelhante a esse deve acontecer no sábado, também no CT do Caju, contra o Paraná. O técnico atleticano exaltou os jogos-treinos/amistosos para conhecer, corrigir e aprimorar. “A gente delega funções para eles dentro do campo, principalmente na parte tática. A gente observa aquele atleta que tem facilidades ou dificuldades de cumprir o que a gente pede. Nunca se consegue reproduzir no treino o que acontece no jogo. Os amistosos são importantes”, disse.

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A análise dos dados é feita por todos os departamentos do clube. O departamento científico voltou a ter importância fundamental na condução do futebol atleticano, como destacado semana passada pela Tribuna. Após a tabulação dos números, o técnico consegue otimizar o próximo trabalho. “Em cima desses dados que coletamos desses jogos a gente monta um trabalho para melhorar ou dinamizar alguma situação que aconteceu de bom ou rim. O importante é ter os dados para trabalhar em cima de fatos”, disse.