Quando conquistou o título do Campeonato Paulista com o Ituano, Doriva subiu de patamar. Passou de aposta à realidade. Foi cobiçado por várias equipes ansiosas por um técnico bom e barato. Aceitou permanecer no Ituano, mas titubeou diante do convite do Atlético. A estrutura, a projeção de carreira e uma Série A pela frente foram tentadoras e o novo desafio foi aceito. Oito jogos depois, o encanto acabou e Doriva perdeu o emprego.

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A frustração é óbvia, tanto do treinador, quanto da diretoria e também da torcida. A interrupção do trabalho foi claramente prematura. “Lamento muito o ocorrido e acredito que foi uma decisão precipitada da diretoria”, disse Doriva, sem constrangimento, à reportagem Tribuna 98. E ele foi além. Seguindo a mesma linha de outros profissionais que deixaram o clube em desavença com o Departamento de Inteligência do Futebol (como Petkovic, Antônio Lopes e Miguel Ángel Portugal), Doriva reclamou.

Com educação, como é de praxe, se queixou da falta de reforços. “Todos sabem das necessidades do elenco e o quanto jovem ele é. Os nomes que sugeri não foram aprovados pelo DIF. Então me preocupei única e exclusivamente com o campo e com os atletas que tinha em mãos. Deixei o resto nas mãos da diretoria”, afirmou. Doriva chegou a falar publicamente da necessidade do time, principalmente para a zaga.

Mesmo diante das dificuldades e da falta de reforços, Doriva acredita no potencial do elenco. “Ainda assim não tenho nada para reclamar e espero que os garotos consigam levar esse time longe, pois eles merecem”, afirmou. O ex-treinador deseja sorte a Leandro Ávila e agradece ao apoio que recebeu. “Quanto ao Leandro, espero que ele fique. Só tenho a agradecera ele pela lealdade”, conclui.

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