A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês) confirmou nesta sexta-feira que uma das amostras fornecidas pelo queniano Asbel Kiprop durante exame surpresa e fora do período de competições testou positivo para EPO. O teste foi realizado em novembro de 2017 e a entidade rejeitou as acusações de irregularidades apresentadas pelo dono de uma medalha de ouro olímpica.

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“A AIU confirmou que a eritropoietina (EPO) foi detectada na amostra de urina de Kiprop em 27 de novembro de 2017. Em 3 de fevereiro de 2018, Kiprop foi notificado do resultado anormal e no dia 20 do mesmo mês ele foi informado de que a amostra B confirmou o resultado anormal. Em 16 de março, foi acusado de violar as regras antidoping pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) e o dossiê está agora nas mãos do tribunal independente da IAAF”, afirmou o órgão responsável por questões de integridade e doping no atletismo.

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Na última quinta-feira, através de comunicado oficial divulgado por seus advogados, Kiprop deu sua versão do caso e disse ter recebido dirigentes responsáveis pelo controle de doping em sua casa, em Iten, no Quênia, em novembro do ano passado, para um teste fora do período de competições. Ele afirmou ainda ter sido extorquido por um destes dirigentes e realizado uma transação financeira através de seu celular ainda durante a visita.

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As acusações foram refutadas pela AIU nesta sexta. “Antes do início do processo disciplinar, os investigadores da AIU se encontraram com Kiprop. O objetivo era notificá-lo do resultado positivo e proporcionar a oportunidade de admitir seu crime ou fornecer informações sobre o doping no atletismo. É uma prática comum quando se encontra uma substância dopante séria em uma amostra”, explicou a instituição.

Kiprop, de 28 anos, faturou três títulos mundiais nos 1.5000 metros em 2011, 2013 e 2015. Além disso, ele herdou a medalha dr ouro da prova nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, após a desqualificação por doping de Rachid Ramzi.