Nos países com mais tradição no futebol, é comum que jogadores de renome acabem sobrando na lista de convocados para a Copa. Afinal, não há espaço para todo mundo. Mas a seleção dos Estados Unidos não tem tantas opções assim para deixar fora do Mundial o maior jogador da sua história, Landon Donovan, que, aos 31 anos, em julho passado, foi o artilheiro e craque da Copa do Ouro, dando o título à equipe.

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A decisão do técnico Jurgen Klinsmann causou surpresa em muita gente, inclusive em Donovan. “Estou decepcionado, triste. Eu sou humano, gostaria de ir. Eu realmente queria ir. Mas estou com paz com isso. Respeito a decisão. Eu apenas sinto, de coração, que eu merecia ir, e isso é que é o mais duro”, comentou o jogador.

A Copa do Mundo no Brasil seria a quarta da carreira de Donovan, um atleta que abriu mão de inúmeras propostas para jogar na Europa e seguir na MLS (Major League Soccer), sem muita visibilidade. Ele acabou ficando de fora do Mundial, segundo o técnico alemão, porque estava abaixo, tecnicamente, que os outros concorrentes. Mesmo assim, nunca foi banco na seleção.

“Eu acho que se eu estou sendo julgado apenas sobre o que acontece nos treinos, então eu

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absolutamente merecia estar indo para o Brasil. Acredito firmemente que não só eu deveria ir, e não só pelo que fiz no passado, mas principalmente pelo que fiz na última semana e meia de treinos”, garante Donovan.

Na opinião do meia, seu nível durante o camping da seleção norte-americana era, no mínimo, tão bom quanto de qualquer outro. “Acho que eu era um dos melhores jogadores, então por isso é que estou sentindo”, apontou Donovan, que tirou quatro meses sabáticos no segundo semestre do ano passado, mas acredita que voltou ainda melhor ao futebol. No total, ele fez 156 jogos pelos EUA, marcando 57 gols.

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