Jarinu -Doni está sem tempo para encostar. É a nova fase no Santos. O goleiro evita comparações sobre qualidade, mas admite que o método de trabalho do preparador Pedro Santilli é bem diferente do de Solitinho, do Corinthians. “O Santilli trabalha bastante com uma coisa que é boa para mim que são as situações de jogo”, observa.
Doni admite estar incorporando novos hábitos por causa da convivência com o novo preparador. “Todo goleiro tem a mania de sentar ou encostar na trave quando está cansado. Só que aqui quem demora é punido: tem de pagar dez exercícios de braço.” Doni diz que está se adaptando. “Hoje (ontem), apesar de esgotado, estou conseguindo me manter em pé.”
Doni demonstra que se os tempos de Corinthians não lhe deram a projeção profissional desejada, aperfeiçoaram a esperteza de driblar situações embaraçosas. Ontem, por exemplo, admitiu que seleção brasileira é uma meta na carreira, mas – ciente do ressentimento de Leão com a CBF – recusou a proposta de brincar com o nome do técnico Carlos Alberto Parreira, e posar para fotos com uvas colhidas nas parreiras do hotel onde o Santos faz pré-temporada.
O goleiro também mostra preocupação em respeitar seus colegas de posição. “Eu prefiro não comentar esse assunto. É complicado falar de si mesmo”, argumenta o jogador ao responder sobre as qualidades que poderiam pesar a seu favor na hora de Leão escolher o titular. Na seqüência, explica que evita declarações que possam soar como autopropaganda ou idéia de superioridade sobre Mauro e Júlio Sérgio.
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