Domingos Moro sofre ameaças

Alerta geral no caso dos bruxos do apito. Se o sábado foi de certa tranqüilidade, o mesmo não se pode dizer dos dias anteriores para o advogado Domingos Moro. Além de ameaças por telefone, tanto no Rio de Janeiro, onde atua junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) defendendo jogadores e dirigentes do futebol paranaense, quanto em Curitiba, onde mantém seu escritório de advocacia, Moro recebeu também pessoalmente conselhos para desistir de defender os árbitros Carlos Jacques Magno, Marcos Tadeu Mafra, Antônio Salazar Moreira e Sandro da Rocha. O quarteto está sendo acusado de participar do esquema de manipulação de resultados na Série Prata do Paranaense. Sílvio Gubert, ex-presidente do Conselho Deliberativo do Operário, de Ponta Grossa, também será defendido por Moro amanhã, no julgamento a ser realizado no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná.

?É lamentável e preocupante que isso aconteça. Não pretendo entrar em detalhes, ou citar nomes. Mas recebi várias pressões de pessoas não identificadas para não comparecer na segunda-feira (amanhã) ao julgamento. A mesma sugestão foi feita aos meus clientes?, disse ontem o advogado que, se não quis entrar em detalhes sobre quem o pressionou, preferiu deixar pública as tentativas de ameaças e intimidação.

Entre os ?conselhos? estavam as mensagens ?para não atuar no caso; não ir no julgamento; pensar bem sobre o processo; o lugar que você vai é inóspito; o avião não é seguro?, entre outros. ?Faço essas declarações públicas para que cesse esse tipo de situação?, relatou Moro, explicando que ainda não procurou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ou pediu garantias junto aos órgãos de Segurança Pública. ?Não vejo necessidade, mas se isso continuar acontecendo terei que tomar esse caminho?, completou Moro.

Segundo o advogado as ameaças não se dirigiram somente a ele. Seus clientes, e mesmo as nove testemunhas arroladas pela defesa, receberam os mesmos conselhos (não comparecer ao julgamento). Domingos Moro disse que passou todo o dia de ontem trabalhando em cima do caso, e talvez hoje tivesse que viajar para garantir que algumas das testemunhas compareçam ao julgamento. ?Continuo acreditando na Justiça. O resultado do julgamento dirá se os acusados são inocentes ou não. Não consigo imaginar um julgamento administrado?, finalizou Moro.

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