O pontapé inicial dos trabalhos do escritório de Direito do futebol paranaense será dado no próximo dia 13. Em um projeto inovador, o advogado Domingos Moro terá a responsabilidade de defender os clubes paranaense no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro.
“Na realidade, vamos funcionar como uma ponte com o Tribunal da CBF. Com bons contatos, certamente o futebol paranaense será mais respeitado”, diz Moro, animado com o projeto sugerido pela Federação Paranaense de Futebol. “As coisas do nosso futebol acontecem no Rio de Janeiro e é importante que marquemos presença lá, como faz o pessoal da Federação Paulista de Futebol.”
A idéia do presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, de chamar Moro para o posto, veio após os julgamentos bem-sucedidos. O mais notório foi aquele que envolveu o nome de Ataliba, no início do Brasileirão. Por falha do departamento de registro da CBF, o nome do jogador não constou no BID do Brasileirão e o Coxa correu risco de perder seis pontos. A defesa de Moro foi tão bem fundamentada que a CBF acabou arquivando outros casos. “Naquele episódio, ganhei o respeito dos auditores. Esse respeito será muito importante na defesa do futebol paranaense.”
No processo do trabalho, Moro deverá permanecer no escritório de Curitiba nas segundas e sextas e no Rio de Janeiro no meio da semana, pois, segundo ele, é o período que as coisas realmente funcionam na CBF. “Dependendo do caso, fico mais. Entretanto, inicialmente, acho que esse período será o suficiente.”
Para os clubes que não tiverem advogados, Moro promete representá-los. Já no caso dos grandes paranaenses, como Atlético, a intenção do advogado é apenas acompanhá-los. “Não tenho cores agora. Apesar de ter sido dirigente do Coritiba, agora trabalho em prol do futebol paranaense. Meu objetivo é fazer a política da boa vizinhança, para que nosso futebol seja mais respeitado fora dos limites estaduais.”