Buenos Aires – O filme ?Amando Maradona?, um jogo de palavras com o nome do ex-astro do futebol argentino Diego Armando Maradona, estreou nesta semana nos principais cinemas argentinos. O longa-metragem em formato de documentário do diretor Javier Vázquez, um ex-publicitário de sucesso no mercado argentino, segue a linha de ?Pelé Eterno?, obra que retrata a vida de Pelé, estreada nos cinemas brasileiros em 2004.
No entanto, ?Amando Maradona? eleva-se alguns graus a mais na escala de idolatria e constitui-se em uma colcha de retalhos de imagens e depoimentos de fanatismo puro, com abundantes doses de pieguice sobre a vida de ?El Pibe de Oro? (O Garoto de Ouro, seu apelido nos tempos de glória).
O cartaz do filme deixa claro que a obra é para obcecados pelo futebol e por Maradona: ?um filme sobre o amor incondicional?. A obra exclui todo tipo de visão crítica. Só há espaço para a apologia e a nostalgia da época dourada do ex-astro. O crítico de cinema do jornal Clarín, Diego Lerer, sintetizou o filme com a frase: ?a obra reflete explícitamente a ?diegomania? mundial?.
O filme, que debutou nas telas argentinas sem encher os cinemas (além de uma overdose de filmes sobre o ex-astro, a sociedade argentina está dividida em suas opiniões sobre o polêmico ?El Diez?), não tem previsão de lançamento nos cinemas brasileiros.
O filme não mostra dados novos ou enfoques diferentes sobre a atribulada vida de ?El Diez?. Os períodos turbulentos de Maradona são mostrados como o resultado de uma conspiração da Fifa e do jornalismo (inclusive o argentino).
